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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Poesia: "São retratos do passado, na minha imaginação", um mote glosado por Onildo Barbosa

José Barbosa Monteiro Filho (Onildo Barbosa), natural de Natuba- Pb 

Radicado em Vitória da Conquista-ba.

Poeta repentista, compositor, radialista, declamador, Aboiador, ator de comerciais de TV e rádio, produtor de jingles musicados .

Iniciou a vida artística como Cantador repentista aos aos 17 anos em parceria
Com grandes poetas como: Francisco Adriano,
José Ismael, Juvenal Oliveira, Moacir Laurentino, Sebastião da Silva, Severino Feitosa, Ivanildo Vilanova, Oliveira de Panelas, Geraldo Amâncio e tantos outros cantadores repentistas da época. Em 1974 estreou na TV R io canal 13-Rio de janeiro, Com o Programa: SUA MAJESTADE O FORRÓ. (Fonte: Recanto das Letras)



São retratos do passado
Na minha imaginação.

Meu Sertão de minha vida.
Caminhos por onde andei
Casa velha onde nasci
Açudes que me banhei.
Estradas de chão batido
Chapéu de couro curtido
Lua cheia de verão,
Cheiro de curral de gado
São retratos do passado
Na minha imaginação.

Caminhos tortos, riacho,
Porteira aberta, vazante.
Gravatá brotando cacho
Um sol se pondo distante
Rastros de pássaros na areia,
Sorriso de lua cheia,
Cantiga de Azulão,
Um rouxinol no telhado
São retratos do passado
Na minha imaginação.

Um corocoxó de sapos
Brindando a água barrenta
Cabritos dando sopapos
Enquanto a cabra amamenta
Lençol de saco estendido
Um entardecer chovido
Um pé de manjericão
Num pote velho quebrado
São retratos do passado
Na minha imaginação.

Um ninho de patativa
Feito de folha e raiz
A plantação de maniva
Um sertanejo feliz.
Boi comendo na baixada,
Uma viola afinada
Um poeta, uma canção,
Um martelo agalopado,
São retratos do passado
Na minha imaginação.

Uma jurema florida
Numa manhã de neblina
Uma cabana pendida,
Uma cerca de faxina
Uma briga de caçote,
A jia dando pinote
Na beira do cacimbão
Um cururu escanchado
São retratos do passado
Na minha imaginação.

Uma rolinha cantando
No galho da goiabeira
Um jumento se coçando
Nas estacas da porteira
Uma fogueira queimando
O cheiro do milho assando
No braseiro do fogão,
Rádio de pilha ligado
São retratos do passado
Na minha imaginação.

Um jumento relinchando
Uma jumenta no cio
A meninada brincando
De peteca e corrupio
Umbuzeiro de estrada
Uma algaroba copada
Catagem de algodão,
Um bezerro encurralado
São retratos do passado
Na minha imaginação.

Na forquilha da cozinha
Um ninho de João de barro
Uma rã pequenininha,
Escondida atrás do jarro
Num formato de atilho
14 espigas de milho
Penduradas no oitão,
Um marimbondo arranchado
São retratos do passado
Na minha imaginação.

Onildo Barbosa

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