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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 6 de julho de 2014

Poesia: "A Comida de Mainha", um poema de Renato Santos


A Comida de Mainha

Quando a fome batia na barriga
E mainha dizia ao me chamar:
Vem comer pro "cumê" não esfriar
Vem "timbora" engordar tua lombriga.
Eu saia sem medo de intriga
E entrava pulando uma janela
Dava um beijo em mainha, e o rosto dela
Era pura poesia de paixão
Completava a mistura do feijão
Com a graxa de carne na panela

Esta graxa serviu de tira gosto
Aumentando o gosto da comida
Que mesmo sendo tão pouca é dividida
Pra quem chegar na casa fazer posto.
Em mainha eu notava no seu rosto
Que apesar de faltar toda a mistura
Ela dava feijão com tal ternura
Que o arroz tinha gosto de rabada
E pra nunca deixar-me faltar nada
Ela dava um "taquim" de rapadura

Só o cheiro do almoço já me dava
uma fome cachorro da mulesta
Quando mão preparava arroz de festa
E a panela completa só de fava.
Quando o fogão de lenha precisava
De mais lenha a manter a chama acesa
Eu corra pro mato com certeza
De trazer toras secas pro fogão
E depois degustar com emoção
O almoço de mãe posto na mesa.

O almoço mais puro e sem besteira
Preparava com toda precisão
Tinha coentro, cebola e pimentão
Também alho, tomate e macaxeira.
A farofa mais pura e verdadeira
E o cheiro de carne na cozinha
Ela é minha mãe, minha rainha
Suas mãos já possuem vitamina
Pra que tanta comida rica e fina
Se não tem o tempero de mainha?

Renato Santos
Renato Santos


Fonte: poesiasdiversificadas.blogspot.com.br

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