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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Pelas ruas que andei » Os encantos de Petrúcio Amorim pela cidade grande

Compositor fala sobre choque cultural ao trocar Caruaru pelo Recife, cidade que o adotou, no fim da década de 1970

"O Recife é uma cidade que não te conquista, você que tem que conquistar o Recife e os recifenses”, comenta o poeta e cantor caruaruense Petrúcio Amorim, que deixou a cidade natal no Agreste Pernambucano, em meados de 1978, para servir a Aeronáutica na capital. Na época, não imaginava que abandonaria a patente oficial para seguir carreira na música.
Petrúcio é o convidado de hoje da série Pelas ruas que andei, do Viver. No vídeo, ele conta como foi a chegada na cidade grande, as dificuldades que encontrou para se adaptar aos novos costumes e fala sobre o início da carreira como compositor, quando trabalhava no Edifício Ébano, no bairro do Recife. O forrozeiro ainda mostra a canção Cidade grande, escrita para ser um retrato da chegada do “matuto” à metrópole pernambucana.
Entre Caruaru e Recife são 130km de estrada e muitas diferenças culturais: a culinária, a maneira de falar e o estilo de vida. “A minha chegada, nos primeiros anos, não foi fácil. Você pode sair do interior, mas o interior não sai de você”, pontua. A adaptação ocorreu um longo tempo depois, quando constituiu família e fez amigos de verdade. Não demorou para o “matuto” adotar os costumes “da cidade grande”. Ir à praia aos domingos passou a ser seu programa favorito. Na alimentação, incluiu o peixe e o caranguejo. Hoje, Petrúcio mora com a família no bairro do Espinheiro, mas ele garante que “já bateu os quatro cantos”, conheceu a fundo os bairros e a região metropolitana. “Assim que cheguei, morei no Jordão, depois fui para o Ipsep, passei um tempo em Boa Viagem, Candeias, vim para o centro da cidade, na Gervásio Pires, ainda fui para a Iputinga, morei em Pau Amarelo, Olinda e depois voltei para o Rosarinho, até chegar ao Espinheiro”, relembra.
Sempre observador, Petrúcio admirou-se ao encontrar o “progresso”. “Não conhecia nada aqui. Os poucos dias que tinha de folga ia visitar as praias, o centro, a Dantas Barreto. Fui apresentado ao bairro de São José, à Boa Vista. Tudo chamava a atenção”, explica. O choque cultural ao ver os grandes viadutos e pontes, o Rio Capibaribe, as igrejas, as avenidas largas, foram descritos na letra de Cidade grande. “Só vim compor a canção dez anos depois. Um dia, quando estava em casa, peguei o violão e resolvi comparar a cidade a uma moça”, relembra o artista.
No bairro da Boa Vista, o encontro das ruas da União e Riachuelo, no Beco do Vento, é o local que o cantor guarda boas lembranças do início da carreira. Lá, viveu momentos determinantes para seu futuro na música. Petrúcio trabalhou por anos em uma editora no edifício Ébano. No prédio ao lado, o São Cristóvão, também funcionavam gravadoras. No final do expediente, era ponto de encontro entre amigos e artistas, que renderam a ele inspirações para poesias e canções.
Diário de Pernambuco

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