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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Poesia: "As Rosas", um poema de Felipe Emanoel


AS ROSAS

Tive um sonho num mundo verdejante
Onde era mais forte a cor do dia
E diante da brisa delirante
Um sabiá cantava a melodia
Como flautas de orquestra, a natureza,
Demonstrava pra mim toda beleza
Desse mundo que Deus fez e nos deu
Caminhei pelos caminhos da vida
Fui seguindo na estrada colorida
Ao olhar cada rosa que nasceu

E na sombra de um pé de flamboaiã
Descansei e olhei o belo rio
E a essência de manga com romã
Fez com que eu descesse a um baixio
Lá eu vi toda vida que é vida
Mas voltei à estrada colorida
Retomei todo o trajeto meu
E olhando a beleza do universo
Ia eu declamando sempre um verso
Ao olhar cada rosa que nasceu

“bem pertin” d’uma serra eu encontrei
Uma fonte de água mineral
Em outro pé frondoso eu descansei
Sentado em um terreno desigual
Vendo a grama verdinha, bem verdinha.
Pensei em construir uma casinha
Para ser o meu novo apogeu
Mas não quis acabar com a paisagem
Era como se fosse uma miragem
Quando eu vi cada rosa que nasceu

Prossegui no caminho da alegria
Da pureza, da inocência e da paz
Vez por outra fazia uma poesia
Outra vez eu ouvia os sabiás
Quando a noite chegou, eu vi a lua,
Prateando o caminho e toda nua
Começou a olhar pra o corpo meu
Fui dormir sob um teto de estrelas
E virei para o lado após eu vê-las
Pra olhar cada rosa que nasceu

De manhã eu escuto um som plangente
Outra vez as orquestras tocam sambas
E eu saio cantando o meu repente
Levantando com minhas pernas bambas
Como um louco, num mundo esquecido,
Eu corri ao caminho colorido
E acabei a dor do peito meu
Tudo aquilo, era realidade.
Comecei a andar com mais vaidade
Olhando cada rosa que nasceu

De repente avistei no meu caminho
Algum vulto, meu Deus o que será
Percebi que não estava sozinho
E tinha mais alguém pra acompanhar
Fui chegando mais perto com receio
E de vida o lugar estava cheio
Em segundos tudo aconteceu
Era uma mulher. Linda, tão linda
Que eu olhava ela e via ainda
O caminho de rosas que nasceu

Teve início um romance em nosso mundo.
Era eu igualzinho um sabiá
Nosso amor era puro e tão profundo
Que não tinha nada a se comparar
Eu vivia olhando para ela
Minha amada, minha deusa minha bela...
Meu pedaço de amor, meu outro eu...
Abraçado eu ficava o dia inteiro
Ao sentir sua essência igual o cheiro
Que eu sentia na rosa que nasceu

Mas um dia o romance se acabou
Ela foi-se na estrada colorida
O meu ser, nesse caminho ficou
E no peito abriu-se uma ferida
Não tem mais sabiá, não tem mais lua
Os meus pés já estão na carne crua
Por esperar de pé o vulto seu
Não estou mais num mundo realista
De olhar pra o caminho foi-se a vista
Nunca mais vi a rosa que nasceu

Hoje só a lembrança adocicada
Desse sonho que um dia foi verdade
Uma alma no tempo abandonada
Uma vida forçada, sem vontade...
Eu queria de volta o meu caminho
Mas não posso, e por eu estar sozinho
Nem posso mais lembrar das velhas prosas
Eu não sei que coisas aconteceram
Mas por não ver as rosas que nasceram
Minha alma morreu junto das rosas.


Felipe Emanoel

Facebook do Poeta

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