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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 17 de maio de 2014

Poesia: “Sinto a última esperança se queimando, na fogueira da seca nordestina”, um mote glosado por Moacir Laurentino


“Sinto a última esperança se queimando
Na fogueira da seca nordestina”

Essa dura e cruel situação,
Da maneira que muita gente está
Paraíba, Sergipe e Ceará,
Rio Grande, Alagoas, Maranhão,
Tá despida toda vegetação,
Não tem mais folha verde na campina,
Essa seca cruel e assassina,
Com sol quente que vêm lhe sapecando.
Sinto a última esperança se queimando
Na fogueira da seca nordestina

No sertão é um grande desafio,
Não tem pássaro mais cantando na mata,
Não tem água descendo na cascata,
Está seco do jeito de um pavio,
Falta água em represa lá do rio,
não tem água de fonte cristalina,
O problema da seca contamina,
E o fantasma da fome rodeando.
Sinto a última esperança se queimando
Na fogueira da seca nordestina.

O sertão vive hoje nu e cru,
Sertanejo não tem mais vez nem voz,
Está seco demais o nosso Orós,
Onde passa tristonho o boi zebu,
Vi a seca perversa em Iguatu,
Aveloz, Castanhal,  Araripina,
Até mesmo o espaço de Campina
Não tem nuvem pesada desfiando.
Sinto a última esperança se queimando
Na fogueira da seca nordestina.

No sertão só tem nuvem de poeira,
“Redemoinho” por toda tardezinha,
Não tem porco, guiné e nem galinha,
Pelo mato só tem muita caveira,
Vejo o povo matuto lá na feira,
Em cidade maior ou pequenina,
Um matuto se escora na esquina,
Com o outro tristonho lastimando.
Sinto a última esperança se queimando
Na fogueira da seca nordestina.

Moacir Laurentino


CANTIGAS E CANTOS

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