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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Poesia: “Sinto a última esperança se queimando, na fogueira da seca nordestina”, um mote glosado por Sebastião da Silva


“Sinto a última esperança se queimando
Na fogueira da seca nordestina”

Outro mote bonito aqui está,
Vem falando de crise e sequidão
E nessa seca que há no meu sertão,
Piauí, Pernambuco, Ceará,
Não se ouve o cantar do sabiá,
Do canário de crista da campina,
E a cigarra também não faz buzina,
Não tem ave do campo mais cantando.
Sinto a última esperança se queimando
Na fogueira da seca nordestina.

Na fogueira tremenda do verão,
No sertão está tudo esturricado,
Está magra a criação de gado,
Está morta a nossa plantação,
Acabou-se a nossa produção,
Que a seca pra nós é assassina,
Eu espero uma luz da mão divina,
Que só DEUS é quem pode estar ajudando.
Sinto a última esperança se queimando
Na fogueira da seca nordestina.

Paraíba que é tão rica e boa
Tá passando a maior dificuldade,
Está seco em Mari e Soledade,
Cajazeiras, Pombal e João Pessoa,
Não caiu mais no chão uma garoa,
Nem em Patos, Teixeira nem Campina,
Só no vale da linda Petrolina
E que a água ainda está passando.
Sinto a última esperança se queimando
Na fogueira da seca nordestina

Nosso povo padece, sofre tanto,
E pra que venha uma chuva pra o sertão,
Muita gente inda faz uma oração,
Inda reza uma prece no recanto,
Inda faz a promessa e rouba santo,
Para ver se essa seca se termina,
Mas a seca é cruel e assassina,
Cada dia, ela vai contagiando.
Sinto a última esperança se queimando
Na fogueira da seca nordestina.

E devido essa seca tão ruim,
Fica o povo enfrentando sofrimento,
Falta pasto pra o bode e pra o jumento,
Nosso gado não come mais capim,
Todo verde que tinha levou fim,
O saguim já não come mais resina,
Tem somente uma ave de rapina
E a fome no campo se alastrando.
Sinto a última esperança se queimando
Na fogueira da seca nordestina.


Sebastião da Silva

CANTIGAS E CANTOS

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