De Mãe Preta, e Pai João!
Para cantar o Brasil:
Militar deixa o fuzil;
Jogador esquece a bola;
O aluno gazeia a escola;
O judeu sai do balcão;
O orador erra a expressão;
Pugilista perde o soco.
Eita, Brasil de caboco,
De Mãe Preta, e Pai João!
Sou barulho de batalha;
Sou o gume da navalha;
Sou a ponta da lanceta;
Sou a pancada da marreta;
Sou o golpe do facão;
Sou tiro de mosquetão;
Sou trator de arrancar toco:
Eita, Brasil de caboco,
De Mãe Preta, e Pai João!
Se consultar o Batista;
Porque Deus me fez artista;
Repentista do Nordeste;
Eu não temo nem a peste
Que tenha “pauta” com o “cão”,
Minha voz é um trovão;
Só não houve quem for mouco:
Eita, Brasil de caboco,
De Mãe Preta, e Pai João
Nenhum comentário:
Postar um comentário