Seguidores

Para Que Vim


Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Luto: Morre na cidade do Recife o poeta Zé Tenório


Morreu na noite desta segunda-feira 19/05, na cidade do Recife aos 77 anos, o Poeta José Tenório, depois de um longo tempo internado com problemas de saúde. Seu sepultamento deverá acontecer em São José do Egito com data e horário a ser confirmado pela família. A equipe do Blog Pajeú da Gente esteve em sua residência em meados de outubro de 2013, onde ele nos falou um pouco de sua trajetória e terminou recitando uns versos que gravamos, e transcrevemos como lembrança.


Sentado no Alpendre de sua residência onde brinda com um cafezinho pequeno aos que chegam para ouvir suas histórias, numa tradição que mantem onde começou com seu avô, passando pelo seu pai e que ele vai tocando em frente, sempre regado a muitas poesias.

Chegou em São José do Egito aos vinte anos de idade, e hoje com 77, gosta de reviver através de versos e contar um pouco de sua trajetória, os muitos causos que já viveu nesses  anos que já se passaram, quando saiu de sua região de origem entre Pesqueira e Venturosa, sempre gentil, o poeta recebeu este blogueiro para uma conversa descontraída na manhã do último sábado 12/10/13.

Este cafezinho pequeno
De quem passa em meu oitão
foi uma herança que pai
Me deixou por tradição
Da fazenda Catolé
De Tenório bigodão

Saudade

Esta doença saudade
Que o mundo fala nela
É recanto por recanto
Com parcela ou sem parcela
Com maldade ou sem maldade
Só sabe a dor da saudade
Quem sente a pancada dela

O Pajeú que Marinho
Conquistou a região
Terra que Pedro Chicó
Azeitou o mosquetão
E não abriu pra recado
Da tropa de lampião

Aceitou a doação
Que o Ipanema lhe fez
Unida a serra redonda
Clima da vaca holandês
Me doou como presente
A capital do repente
Vim ser irmão de vocês

Asim o Ipanema fez
A Serra aceitou eu fiz
Radiquei-me das queimadas
Para a Praça da Matriz
Com sacrifício e respeito
Eu conquistei o direito
Para velhice feliz.

Se no Pajeú chovesse
Mesmo um ano e outro não
Deus já tinha construído
Uma belíssima Mansão
Deixava Jesus no Céu
Vinha morar no Sertão.

Zé Tenório

Pajeú da Gente

Nenhum comentário:

Postar um comentário