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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Poesia: "Fiz um túnel na cela da saudade, pra poder escapar da solidão", por Manoel Monteiro


“Fiz um túnel na cela da saudade
Pra poder escapar da solidão”

Condenado sem culpa no cartório
A cem anos infindos de tortura
Tendo as grades da enxovia escura
Por lavabo, alcova e mictório,
Privaram-me até do oratório
Onde abria o peito em oração
Como um peba-tatú cavei o chão
Pra fugir da promiscuidade
Fiz um túnel na cela da saudade
Pra poder escapar da solidão.

Não fiz mal a ninguém, nunca matei,
Não traí jamais um meu amigo,
Não me lembro que tenha um inimigo
Ao próximo carente auxiliei
Mesmo assim um dia me encontrei
Acusado sem ter explicação
Condenado a cem anos de prisão
Numa noite de grande ansiedade
Fiz um túnel na cela da saudade
Pra poder escapar da solidão.

Foi amor o meu crime, hoje sei,
Que o amor nos faz ensandecido
Pior, bem pior, se for traído
Digo isso por tudo que passei
As lágrimas que tinha derramei,
Fiz pedaços da alma e coração
Como um louco vagando sem razão
A procura de ar e liberdade
Fiz um túnel na cela da saudade
Pra poder escapar da solidão.

Manoel Monteiro


Jornal Besta Fubana

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