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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

FOTOGRAFIA: Partitura de imagem e som

Artistas lançam a Orquestra Pernambucana de Fotografia, que vai unir de ensaios em artes visuais a composições musicais

Gilvan, Berna e Pupillo viabilizam projeto em livro e na internet / Ricardo B. Labastier/JC Imagem

Gilvan, Berna e Pupillo viabilizam projeto em livro e na internet

Ricardo B. Labastier/JC Imagem

Acostumada a ilustrar trabalhos alheios – textos, poemas, encarte de discos, pesquisas acadêmicas – a fotografia agora quer propor o inverso, pretende ser ponto de partida para a criação de outras obras, neste caso, a música. O artista pernambucano Gilvan Barreto, atualmente radicado no Rio de Janeiro, acaba de lançar o desafio, e convida nove compositores e nove fotógrafos a produzirem em conjunto. A ideia é que os profissionais da imagem criem ensaios visuais livres. O material vai ser entregue a um músico, que deve compor uma canção inspirada nas cenas registradas. O projeto recebeu o sugestivo nome de Orquestra Pernambucana de Fotografia. Além de Gilvan, os músicos Pupillo (Nação Zumbi) e Berna Vieira assinam a curadoria. A produção executiva ficou a cargo da Jaraguá.
A motivação de Gilvan para inventar essa orquestra singular começou a ser gestada no início de sua carreira, nos anos 1990. Como todo artista que viveu a efervescência do manguebeat em Pernambuco, ele sempre quis tomar parte daquele momento histórico para a cultura local. Ao olhar para trás, entretanto, percebeu que a seus pares fotógrafos coube apenas o papel de registrar os acontecimentos. “Eu sinto que a fotografia não participava criativamente do movimento mangue. Não quer dizer que a documentação do período em imagens não seja importante. Pelo contrário. Mas eu sinto que a fotografia da época poderia ter aproveitado para inventar linguagens, ser mais autoral (do ponto de vista artístico), sem qualquer compromisso com o registro do real”, argumenta Gilvan.
Agora, a intenção do artista é criar uma tensão entre música e imagem: registros, vocês são sujeitos legais, mas não são bem-vindos aqui. Para levar esse coletivo músico-fotográfico adiante, Gilvan ampliou o conceito daquilo que comumente se chama fotógrafo, convidando artistas plásticos e cineastas para integrar o projeto. Egresso do fotojornalismo puro – trabalhou no Jornal do Commercio e foi editor da revista Terra, no Rio, entre outros veículos –, ele tem se interessado cada vez mais por obras que diluem as fronteiras, que se permitem contaminar por outras linguagens e invadir searas alheias. “O meu desejo é quebrar a fotografia centrada nela mesma”, dispara Gilvan.
Por isso, o time fotográfico da Orquestra Pernambucana de Fotografia é formado por gente que vê a produção de imagens das mais diversas maneiras. Mesmo os fotojornalistas convidados têm um trabalho de viés mais autoral correndo por fora. Fazem parte do grupo O cineasta Kleber Mendonça Filho, o artista plástico Rodrigo Braga, os fotojornalistas Beto Figueiroa e Ricardo Labastier, além de outros nomes cujo trabalho é mais híbrido por natureza ou que transitam simultaneamente por várias margens, como Pio Figueiroa, Bárbara Wagner, Priscilla Buhr e Daniel Berinson, além do próprio Gilvan.

Diana Moura

JConline

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