Seguidores

Para Que Vim


Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 6 de outubro de 2013

Poesia: "Valores poéticos do Pajeú das Flores", por Nenen Patriota



Pajeú é o eito, é a corrente
Da poesia arraigada no seu povo
De Triunfo chegando a Mundo Novo
A presença de espírito é a semente
Esquecidos estão Preto - o Vicente
Dona Célia, Das Neves e Nevinha
Por João Campos ninguém fala uma linha
Clodomiro - o da Paz - vida esquecida
Mas eu creio que vejo ainda erguida
Uma estátua da flor Rafaelzinha

Pajeú de Patrício e de Dió
De Otacílio, o artista carismático
Sendo Dimas, filósofo emblemático
Com o Pai do Lirismo, que foi Jó
E do gênio imortal Manoel Filó
Bio Crisanto: o rebelde com afeto
Um José do Amaral, avô e Neto
Com Zé Adalberto: nosso artífice
De Tabira, Dedé: Sumo Pontífice
São José teve Louro: o mais completo

Pajeú que também prestou abrigo
Para Zé Marcolino, magistral
A Xudu, do Pilar, fenomenal
E Moacir Laurentino, nosso amigo
Já Teixeira trouxe o anjo: Zé Obrigo
Foi aqui que Nonato virou mito
Edmilson Ferreira também cito
Zé Cardoso morou em nosso chão
Afogados ganhou um tal de João
Paisagista que alcança o infinito

Desterrando chegou Pedro Amorim
Ivanildo viveu neste torrão
Já Tabira adotou Sebastião
Livramento mandou Itapetim
Acolher um parnaso em seu jardim
Nosso Antônio Pereira da saudade
Houve um Paulo Cardoso: imensidade
Mas há fato feliz, bom, irrestrito
Ecletismo em cultura: Joselito
Traz fulgor pra suprir mais qualidade

Foi Antônio Marinho o Gavião
O bisneto mantém suas magias
Temos Greg, Miguel e duas Bias
E Tomfil com a sua aptidão
Zá Marinho, a eterna gratidão
E Luiz, com resposta improvisada
Dois Hilários de chama comprovada
As Helenas: a santa e a cronista
Lembro Zeto imortal em qualquer lista
E tem Val com a voz iluminada


Valdir Teles, Metralha do Repente
E Zé Dantas das letras foi Castelo
Maciel, tem Correia junto a Melo
Matricó, mais um nome competente
Mariana: a princesa transcendente
Há Feitosa e Rogério, ricas sinas
E têm vidas e morte severinas
A da morte nas ruas da amargura
As das vidas, ramagens da cultura
Já adultas com caras de meninas

Tem Delmiro: o seleto embaixador
Tem Donzílio, tem glosas, recitais
Tem um Nõe, tem Didi, Dudu Moraes
Tem Adelmo e Lostiba em seu valor
Mário Gomes: poeta e escritor
Tem Zé Silva: Orador da Academia
Lamartine e Mizita: sintonia
Beatriz - na saudade - externa alentos
Marcos Passos, Paulinho: sentimentos
E Simone Nos Passos da Poesia

Lima Júnior, Denilson junto a Aldo
Ednaldo, Gilmar Leite e Pirraia
Aluísio e Alan na mesma raia
Com Vinícius Gregório têm respaldo
Há os Moura, Felipe e Lindoaldo
Pedro Leite, Ismael em outro plano
Tem Afonso Pequeno: um soberano
Um Egito Siqueira, o mestre Beijo
Dor, amor, carne e alma, fardo, ensejo
Libertário imortal: Rogaciano!

Tem Francisco e Airton, violeiros
Tem Arnaldo com Lázaro, brilhantes
Temos Vozes e Versos versejantes
tem a APPTA com seus vates guerreiros
Um Zé Carlos, o xaxado, cangaceiros
Tem o MCP, sonho e bravura
Luisinho: poesia, fé, ternura
Todo mês tem Balaio Cultural
Com tristeza não há mais o Quintal
Mas nos restam oceanos de cultura

João Izidro Ferreira, hoje eu relembro
com um Pedro Jacinto e Vital Paca
Alexandre recita e se destaca
Doutor Lúcio, do clã, eu também lembro
Nosso Antônio Bezerra é forte membro
E Nenen - o de Santa - tem valores
Tem um Caio Menezes com fulgores
Falta um nome que junta vários elos
É José, é Rabelo, é Vasconcelos
Regador que regou todas as flores

Pajeú, exaltei teus nobres filhos
Fui citando cada um a conta-gota
Sem deixar de lembrar um Zé Catota
Repentista veloz de tantos brilhos
Todos são as estrelas, estribilhos
Cada qual com a sua vocação
Criaturas citei, não criação...
Reverência da fé pajeuzeira
Criador João Batista de Siqueira
O Deus-Pai da poesia do Sertão!

Charliton Patriota (Nenen Patriota)

Fonte: Pajeú da Gente

Um comentário: