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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 1 de setembro de 2013

Poesia: "Viuvez antecipada", um poema de João Batista de Siqueira "Cancão"


VIUVEZ ANTECIPADA

Olho por um momento
A sinistra direção
E mando com gratidão
Um adeus na voz do vento
O teu jazigo alvacento
Me causa saudade infinda
Em tua grinalda linda
Passa o vento a suspirar
E um beija-flor vem beijar
Uma flor que resta ainda

Hoje dorme eternamente
Entre a triste argila dura
A querida criatura
Que amei profundamente
Um pirilampo contente
Lhe dispensa a sua luz
Esta palavra Jesus
Vê-se acima do Jazigo
Lhe prometendo um abrigo
Na sombra triste da cruz

Passa sereno e mansinho
Um hálito fresco de ar
Parece pronunciar
O nome dela bem baixinho
Surge a lua e, com carinho,
Doce, pura, grata e bela
De sua sagrada tela
Derrama luz meiga e santa
Sobre a terra sacrossanta
Que esconde os ossos dela

Sem consolo chorarei
Entre as cravinas azuis
Junto aos braços da cruz
Da jovem que tanto amei
O meu pranto verterei
Provando os meus sentimentos
Os meus terríveis lamentos
Crescerão com os teus lírios
Emblema de meus martírios
Sobre teus restos cruentos
  
De minha querida amada
Restam somente trapos
Alguns pequenos farrapos
De sua veste sagrada
A neve da madrugada
Orvalha sua capela
À noite se esconde nela
Uma sombra fugitiva
Triste, medrosa, esquiva
Talvez seja a sombra dela

Se eu fosse aí, molharia
Com meu pranto a tua cova
Como verdadeira prova
A minha dor plantaria
Por lembrança deixaria
Uma catacumba erguida
Depois de bem construída
Escreveria por fora
O mês, o dia e a hora
Que foi desaparecida

João Batista de Siqueira (Cancão)










Poesia retirada do Livro: “Palavras ao plenilúnio"
de Lindoaldo  Jr.

CANTIGAS E CANTOS

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