
Foto: Everaldo Brito
A São José do Egito.
Chão donde brota cultura,
De plantadores ativos.
Poesia cultivada
Deixa os seres mais cativos.
Nossos avós já cantaram,
Os mesmos que nos geraram,
Diversos valores vivos.
Venha ouvir a poesia
Resistir neste quintal.
Notas falando em arpejos.
Melodia, recital.
A arte com consciência,
Que é a verdadeira essência
Da nossa terra natal.
São José é meu terreiro
E de quem sabe cantar.
Onde o povo tem poesia.
Sabe o bom apreciar.
O gosto e a voz da cultura,
Desta terra, a verve pura,
Queira sentir e escutar.
Cresci sabendo que aqui
A terra é especial.
Um solo de poesia
Que deu Marinho, Lourival...
E a planta, bem semeada,
Vinha sendo cultivada
Já desde o meu ancestral.
Minha pátria, minha terra!
Onde a gente acerta, erra;
Onde sou pagão e monge.
Perto, longínquo, incessante,
Quanto, ao extremo, distante,
Muito menos, de ti, longe.
Encontro-me, em tua ausência,
Desprezo a tua clemência,
Enquanto, perdão te peço.
Desde o princípio és meu fim,
És eu perdido de mim,
Batendo em meu endereço.
És cenário de eu menino,
Antes do próprio destino
Daquele tempo chegar.
Tudo que não esperei,
Vendo que, por ti, passei
Mesmo sem saber passar.
Tristezas rondam teu peito?
O mal, a ti, não aceito.
Defendo-te a dente e unha.
Sou triste e alegre em ti.
Do tempo enquanto eu cresci,
És a maior testemunha.
Vejo os homens maus tratarem,
Mas, pra não te deturparem,
Eu canto a tua verdade.
Ensinaste a mim mau verso.
Vivendo em teu universo,
Vislumbrei a imensidade.

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