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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Robertinho de Recife: O nosso guitar hero

Um dos maiores guitarristas do país, recebe homenagem pela carreira na qual tocou com músicos de diversos estilos
Crédito: Arquivo pessoal

Fágner, Caetano Veloso, Zé Ramalho, Gal Costa, Marisa Monte, Airto Moreira, Andy Summers e Stewart Copeland (ambos do The Police). Essa é apenas uma pequena amostra dos artistas com os quais Robertinho de Recife tocou e/ou produziu. Considerado um dos maiores guitarristas do país, ele é o homenageado deste ano no Guitar Player Festival, realizado sexta e sábado, no Conservatório Pernambucano de Música, com entrada gratuita. 

“Eu me sinto muito orgulhoso e sensibilizado por gente da minha terra lembrar de mim. As pessoas falam que não moro mais aí, mas sempre carrego o nome da cidade comigo, levo o nome do Recife nas costas”, comenta o guitarrista e produtor, em tom de desabafo, por telefone.

Robertinho será acompanhado pelos músicos locais Ebel Perrelli (bateria), Fred Andrade (guitarra) e Jackson Rocha (baixo). Segundo ele, a dinâmica e o processo de escolha das músicas deste show ficou sob responsabilidade de Fred. “Só nos encontraremos no dia do show. Gosto muito de me arriscar. Aliás, isso foi uma coisa que sempre fiz na vida. Mesmo que erre, transformo erros em acertos”, reflete. 


O primeiro disco solo do artista foi lançado em 1977 (Jardim da infância). Depois vieram mais sete, incluindo um dedicado ao frevo (Robertinho no passo, 1978) e outro ao heavy metal (Metalmania, 1984). O último saiu em 1990 (Rapsódia rock). Indagado sobre a possibilidade de vir a lançar algum novo CD solo, Robertinho é enfático ao dizer que não alimenta essa vontade e complementa: “Parti para a carreira de produtor, com a qual sou muito bem-sucedido, graças a Deus! Nos discos que produzo sempre acabo tocando e sinto muito prazer nisso. Não tenho mais a preocupação em ter meu nome em destaque”.

Apaixonado por blues e pela música nordestina, Robertinho de Recife costuma tocar versões blueseiras de clássicos nordestinos. “Já toquei Asa branca em casas de blues nos Estados Unidos e os norte-americanos adoram, ficam encantados. Como vivi muito tempo lá no Mississipi, sinto que existe uma ponte entre a música popular do sul dos EUA e coisas feitas aí no Nordeste”, observa. 

Em 2012, Robertinho fez algumas apresentações com DJ Dolores. No palco, os dois uniam o som da guitarra a bases eletrônicas, com muito improviso. “Foi muito bom! Foi bem divertido, ele soltava uma base e eu tocava por cima. O problema era a gente saber a hora de parar. Mas Dolores teve uma ideia: ‘A gente acaba quando você sai do palco’”, conta, sob risos. 




PARCERIAS DE PESO

Jesse Robinson, bluseiro norte-americano
“Gravamos metade do disco aqui no Brasil. Faço a junção da música com criações de Assunção de Maria, poeta de Juazeiro da Bahia. É o encontro dos rios Mississipi e São Francisco”.

Fernanda Takai
A vocalista da mineira Pato Fu gravou O elefante, infantil de Robertinho e Fausto Nilo. A nova versão foi produzida pelo guitarrista e entrou no disco-tributo Quando fevereiro chegar - um lírica de Fausto Nilo.

Gal Costa
Robertinho tocou por dois anos na banda da cantora baiana durante a turnê de divulgação do antológico Gal tropical (1979). Entre os destaques do álbum estão O balancê, Noites cariocas e Meu nome é Gal.

Zé Ramalho
Sinais dos tempos (2012), disco mais recente de Zé Ramalho, foi produzido por Robertinho. Parceria dos viajantes (2007), Nação Nordestina (2000), Estação Brasil (2003) são outros de  Ramalho trabalhados pelo guitarrista.

Fagner
Em meados dos anos 1980, Robertinho de Recife decidiu ficar longe dos holofotes e até recusou convite para integrar a banda Chicado, dos Estados Unidos. Mas voltou aos palcos, acompanhando o cantor Fagner.


DOIS DISCOS

Robertinho no passo (1978)
Em parceria com Hermeto Pascoal. “Quis modernizar o frevo e fui muito criticado. Hoje, vejo com alegria o rejuvenescimento feito por Spok. Digo: ‘isso também é Robertinho no passo’”.

Metalmania (1984)
Um dos primeiros de heavy metal de um artista brasileiro. Robertinho exibia forte influência da guitarra de Eddie Van Halen e chegou a abrir o show da Quiet Riot, dos EUA, em 1985.


Diário de Pernambuco

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