Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.
Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.
Texto: Gilberto Lopes
Criador do Blog.
terça-feira, 21 de maio de 2013
Música: Falso documentário que "desvenda" plano de destruir a MPB vai ganhar série na web
Um dos compositores de maior sucesso no Brasil, Michael
Sullivan tem seu passado - ao lado de toda a produção musical brasileira da
década de 1980 - colocado em xeque no documentário de curta-metragem "MPB:
A história que o Brasil não conhece". O vídeo, que circula na internet
desde abril, é baseado no livro "Firework Operation", de Neil
Jackman, e revela um plano maquiavélico do governo americano, desconhecido por
boa parte dos brasileiros: a destruição da música brasileira.
Sullivan
não seria apenas o compositor, ao lado de Paulo Massadas, de "Um Dia de
Domingo", "Whisky a Go-Go" e tantas outras versões para trilhas
de novelas e grupos musicais infantis, mas um dos agentes infiltrados pelos
Estados Unidos no país com esse objetivo. Ele não estaria sozinho. Outros
teriam sido espalhados com a mesma missão: Oswaldo Montenegro em Brasília,
Humberto Gessinger no Rio Grande do Sul e Compadre Washington na Bahia.
Na verdade, tudo não passa de uma
piada muito bem feita. O que o diretor André Moraes fez foi ummockumentary, um
falso documentário, narrado pelo ator Caco Ciocler, que, como pede a proposta,
tem iludido muita gente. "Cara, é uma loucura. Tem gente que entrou na
história. É um curta conspiratório apenas. Estamos fazendo essa brincadeira com
um livro que não existe, mas isso não importa, é para refletir sobre a nossa
música", explica em entrevista aoUOL.
Com
depoimentos e relatos de músicos de várias vertentes, como Iggor Cavalera, Jair
de Oliveira e Beto Jamaica, o filme despertou reações pela web e um blogueiro
chegou a divulgar o curta com uma falsa notícia: "Lançado em 2011, (o
curta) quase não foi a cartaz. Ligações anônimas e perseguições ao diretor
tornaram tensas as gravações".
Os
depoimentos de quem viveu a história inventada ou teve acesso ao fictício livro
são tão escabrosos como engraçadas. Sergio Mallandro afirma que foi obrigado a
investir na carreira de cantor e inserir seu já característico "glu
glu" para ser mais um soldado na guerra para emburrecer a música
brasileira.
Beto
Jamaica e Reinaldo, ex-vocalistas do É o Tchan! e do Terrasamba, contam que
Compadre Washington tem esse sobrenome por ter nascido na capital americana. Em
uma das melhores cenas do filme, um integrante do grupo Swingue Maneiro chora
ao dizer que foi torturado por tentar introduzir o tema família no gênero axé.
"Cada integrante foi colocado em um canto para que não conseguíssemos nos
reunir mais", explica. Axé, inclusive, seria uma abreviação de
"America Exterminate Your Ears" (América Extermina seus
Ouvidos").
A ORIGEM DA "CONSPIRAÇÃO"
André Moraes veio do cinema (o pai Geraldo Moraes é diretor, o irmão Bruno
interpreta Fê Lemos no filme "Somos Tão Jovens" e ele mesmo foi
responsável pela trilha sonora de "Assalto ao Banco Central") e teve
a ideia quando sentou no sofá para assistir clipes na MTV. Em vão. "Como é
que uma TV que tem música no nome não passa clipes? Só podia ser
conspiração", conta, aos risos.
Com a ajuda de amigos, André Moraes
mostrou o resultado da brincadeira pela primeira vez na Mostra Internacional de
Cinema de São Paulo em 2011. "As pessoas se identificaram com o curta,
mais do que eu imaginava. Mas ficamos um tempo com ele parado, sem saber o que
fazer".
Ao subir o vídeo no YouTube, no
começo deste ano, para mostrar a um amigo, esqueceu de publicar no perfil
fechado. Ficou sabendo do sucesso com um telefonema de Simoninha. "Ele me
ligou: 'Rapaz, o que você fez com o vídeo? Está todo mundo me ligando para
saber dessa conspiração'. Até a Margareth Menezes me ligou, pirada no filme,
dizendo: 'é do c****, quero dar meu depoimento, quero ler o livro'".
Surgiu, então, a ideia de transformar
o assunto em uma série. "Agora, toda semana vai ter um capítulo.
Temos um depoimento revelador do ator Vinícius de Oliveira (do filme
"Central do Brasil"), que conheceu Neil Jackman , escritor do livro,
no Oscar. E o 'Firework Operation' vai finalmente sair no Brasil", avisa
André.
É de mentira, mas é verdade
A história absurda do curta garante o riso, mas nem tudo surgiu da imaginação.
Ary Barroso realmente mostrou o Brasil para o mundo com "Aquarela do
Brasil" e Carmen Miranda foi uma das maiores estrelas dos anos 1940 e 1950
- aproveitada pelos estúdios de Hollywood para conseguir mais público para os
filmes em outros países. Nos anos 1980, Michael Sullivan e Paulo Massadas (ou o
costa-riquenho Paul Massadas, segundo o personagem fictício no filme Jeff
Colin) foram para o Guinness como a dupla de compositores com mais discos na
parada.
Um dos depoimentos, o do ex-Dominó
Afonso Nigro, também é verídico. "Eu chegava com o texto pronto para eles.
Passei para o Afonso essa história das canções em inglês, que tinham suas
versões em português reveladas apenas na última hora, e ele me disse: 'André,
mas isso acontecia mesmo, era verdade'", garante o diretor.
No filme, o atual jurado do
"Ídolos Kids" vira Geraldo Vandré ao compor "P da Vida",
sucesso do Dominó e um hino contra a ação yankee. Outro mártir vem do axé. Luiz
Caldas se apresentar descalço é tido como um ato anti-imperialista, já que os
Estados Unidos queriam comprá-lo com 50 pares de tênis Nike.
"Foi nessa época que o Brasil começou a
explorar outros estilos. Foi quando a música mais simples começou a bombar e o
que era popular - como Tim Maia, Caetano - virou cult. Aí virou essa bagunça.
Veio Balão Mágico, Xuxa, Mara Maravilha", tenta explicar André. O diretor,
porém, deixa claro: "Antes de mais nada, adoro o Sullivan. Acho ele foda.
Mas um cara com um nome desses por trás de todos esses grupos, vira
piada", explica.
Com a ideia de transformar o tema em série, André também
se prepara para lançar o tal do livro citado no curta. "Vamos ter um
capítulo para se aprofundar no axé e outro para mostrar essa invasão dos
musicais da Broadway por aqui", promete. Quando questionado se vai ser ele
mesmo que vai escrever, responde contrariado: "Não, cara, vai ser o Neil
Jackman, né?".
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