GALOPE DAS PALAVRAS
Ao orgasmo do ser em criação
Do poder do dom da adivinhação
Ao mistério do pão de cada dia.
Cada verso que o Deus Poeta cria
Voa ao vento rumando seu reinado
Um romance, e seu fim inesperado
Uma estrofe sedenta pela história
Finalmente se apaga na memória
Nos dez pés de martelo agalopado.
Trás escombros de um verso submerso
Pelos leitos dos rios do universo
Moram rastros de paz e plenitude.
Cada ser tem no gene da virtude
Seu retrato de feitos do passado
E o futuro do verbo conjugado
Mostra a senha da tal felicidade
Que algum dia fugiu da nossa idade
Nos dez pés de martelo agalopado.
À crendice dos reis do improviso
Mais um canto entoado no impreciso
Abalando pecados capitais.
Pelas formas de sonhos irreais
Me permito este verso sem legado
Não há lógica, não vai pra nenhum lado
Mas imprime um desejo libertário
Saciando um poder imaginário
Nos dez pés de martelo agalopado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário