Lenda do rock Raul Seixas e sua filha caçula Vivi Seixas (foto), que adorava a barba do pai quando criança |
O que você vai apresentar? O que o público pode esperar?
Antes dos shows farei uma apresentação de 30, 40 minutos. Um set especial. "Se Raul fosse DJ o que ele tocaria? Seus rocks preferidos". Será minha primeira vez tocando rock. E nos intervalos entre as bandas tocarei músicas de toda a discografia do meu pai. Desde "Raulzito e os Panteras" até "A panela do diabo" [último álbum].
Qual sua reação quando recebeu o convite para o festival?
É muita emoção participar de qualquer homenagem ao meu pai. Além de filha sou sua fã número 1! Estou superanimada para a minha estreia no rock (risos) e mais animada ainda para tocar minhas músicas preferidas do meu pai. Também estou ansiosa para rever o Marcelo Nova. Tenho muito carinho por ele, que foi muitíssimo importante na vida do meu pai. Também adoro BNegão e o Zeca Baleiro.
Como foi a produção desse disco de remixes?
Lancei o álbum de remixes das músicas do meu pai pela gravadora Warner, que se chama "Geração Da Luz". Há estilos variados como "trip-hop" com blues, house, drum 'n' bass, disco e reggae. Meu pai era rei de misturar estilos como rock e baião... Já gravou tango, rap, forró... Por isso tantos estilos diferentes dentro do CD, que conta com participação de músicos como o baixista e ex-vocalista do Hanoi-Hanoi, Arnaldo Brandão, Donatinho... Fiz questão de deixar as letras intactas. Dei apenas uma roupagem mais moderna às músicas.
Por que escolheu "Geração da Luz" para dar nome ao álbum?
Tem um significado muito importante para mim. "Geração da Luz" foi feita pelo meu pai e pela minha mãe [Kika Seixas]. A letra é linda... É meu pai passando a bola para nós, da nova geração.
Alguma surpresa no trabalho?
O CD tem duas surpresas inéditas. A música "Metamorfose Ambulante" cantada em espanhol e a letra censurada de "Como Vovó Já Dizia".
Qual sua música favorita?
Adoro "Rock das Aranha", que transformei em um drum 'n' bass. E "Super-heróis", uma música lado B do meu pai que adoro. Tem uma pegada "trip-hop" com guitarra National Steel gravada pelo guitarrista Alamo Leal, brasileiro muito respeitado na cena de blues internacional.
Como imagina que seria o relacionamento com seu pai atualmente?
Tudo que eu queria era tê-lo aqui ao meu lado. Tenho certeza de que seríamos melhores amigos e que ele estaria muito orgulhoso do CD. Quem sabe até produzindo house music comigo (risos).
AMON BORGES
FOLHA DE SÃO PAULO
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