Quando Tomé de Souza Era governador da Bahia,
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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.
Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.
Texto: Gilberto Lopes
Criador do Blog.
quinta-feira, 28 de março de 2013
POESIA: Zé Limeira, poeta do absurdo
Quando Tomé de Souza Era governador da Bahia,
Minha homenagem ao rande Zé Limira:
ResponderExcluirFoi num porto da Bahia
Que Dom João chegou bem cedo
Dava pra contar no dedo
A bagagem que trazia
Uma dúzia de bacia
Dois fardos de algodão
Gasolina de avião
Do café trouxe a semente
Duas bíblias uma de crente
Outra do rei Salomão
Cristo enforcou Jesus
Na beira do rio Jordão
Na noite de São João
Num galho de cipó-cruz
Comeu pirão com cuzcuz
No meio da cabroeira
Na noite de sexta-feira
Cantou prosa e rezou missa
José e Maria castiça
Diria assim Zé Limeira
No tempo da ditadura
Eu rezei pro pai eterno
Fez sol mas deu bom inverno
Plantei fava e rapadura
Veja só que formosura
A “muié” de Barbosinha
Se ela tivesse sozinha
E o cachorro amarrado
Eu levava ela prum lado
E uma cuia de farinha
O pai da aviação
Por nome Drumon Andrade
Sem dó e nem piedade
Se atracou com Lampião
Na bainha um facão
Na matula um castiçal
Gritou pra São Nicolau
Acuda-me nessa hora
Disse isso e foi-se embora
Deixando um cartão postal
Por causa da Ditadura
O Brasil foi descoberto
Um navio chegou perto
Da curva da ferradura
Dom Pedro fez a leitura
Na borda da ribanceira
Cabral trouxe uma cadeira
Sem dó e sem ter clemência
Proclamou a independência
Diria assim Zé Limeira
No dia em que eu falecer
Peço pro povo velante
A noite toquem um berrante
Botem pinga pra beber
Espero comparecer
Virgulino Lampião
Patativa e Gonzagão
O dono da Coca-Cola
Mais Pelé o Rei da bola
E o pai da aviação
(Zé Roberto)
Esse texto é ótimo! É Zé Limeira cagado e cuspido! Parabéns!!!!
ResponderExcluirObrigado Antonio, quando conheci os versos de Zé Limeira, me apaixonei e gosto de "brincar" com o absurdo.
ExcluirNasci na era mesóica
No ano de vinte e sete
Eu mais Chica Maridete
Garramo tocá trombóica
Ela bastante zaróica
Não via nem "déis centimi"
Fez dueto com Caimi
Mas pegou cancimicose
Morreu de lepraculose
Dentro dum murudiarrimi
(Zé Roberto
Eita! Que eu tô quase acreditando em reencarnação! Se Zé Roberto tiver mais gostaria de ver... por favor! Sou fã de Zé Limeira, o Camões do absurdo.
ResponderExcluirUm dia eu tava na feira
ResponderExcluirComprando um couro de bode
Chegou quarenta alemão
Fizero logo um pagode
Me preguntaro Pruquê?
Eu dixe talvez prumode