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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 12 de março de 2013

MÚSICA / POESIA: Aluísio Lopes, reportando

Aluísio Gomes Lopes, nascido na zona rural, no município de São José do Egito, Pernambuco, aos três anos de idade foi morar na cidade. Desde muito cedo apresentava seus dotes e paixão ao lado artístico, direcionado ao campo da música. Ainda na pré-adolescência já começava a sua aproximação a outros de mais ou menos sua idade, de gosto parecido ao seu. Inebriado ao som dos acordes dos violões, juntamente aqueles, forjava possíveis saídas em exercícios escolares, na casa de colegas no intento de irreverentemente cortar algumas madrugadas, entregue às serenatas, amigos e canções. Eram os ousados e novíssimos boêmios que ali estavam nascendo na pequena cidade da poesia e da canção. Aos dezesseis anos foi morar na cidade de Arcoverde, e lá fez seu teste e ingressou no primeiro e sonhado conjunto musical que pertencia à escola em que estudava. Depois viria participar das grandes festas natalinas que aquela cidade promovia na época. 
Finalmente em julho de 2003, na companhia de alguns músicos amigos, como seu antigo parceiro musical Haroldo Santos, Eloi Oliveira e seu filho Neimar Lopes, entre outros, apresenta-se no Festival Universitário de São José do Egito, com o Show Reportar. Repertório de qualidade, cantando canções de nomes consagrados da MPB. Apresentação esta, que valeu como a melhor daquele festival de cultura popular. Saindo um cd ao vivo com boa aceitação do público. Depois gravaria Um Solo de Paz, com todas as músicas de sua autoria e algumas em parceria  com poetas da sua região. Disco este que “veio trazer um importante sentimento de realização já que trata dos tempos atuais com preocupação com temas como: aquecimento global, misticismo, paz e outros mais” diz o cantor poeta. Ele ainda continua fazendo shows e apresentações solos.
Aluísio Lopes é um amante da poesia  e nas horas de suas inspirações poéticas costuma brincar de escrever  os seus sentimentos em versos e prosas. Afinal, ele nasceu às margens do Rio (Pajeú) onde, que no seu leito corre a poesia. Deram esse mote a ele; ele fez essas quatro décimas.

Mote: Vejo o espelho cruel da minha sorte /   
          Refletindo a beleza do passado

Bem pequena, muito amada por meus pais
Não sabia o que era sofrimento
Encantada no meu próprio encantamento
Muito longe, bem distante dos meus ais
Sem saber que futuros carrascais
Chegariam, num ocaso inesperado
Num impasse se faria inaugurado
Sem aviso sem mostrar o passaporte
Vejo o espelho cruel da minha sorte
Refletindo a beleza do passado

Feito jovem, pele linda, tez nevada
Como a pura porcelana, a eleita!
Sublimar, belo lírio que enfeita
Todo campo, branca mesa entoalhada
De repente, mais que de repente em nada
Tudo, tudo, isso vejo transformado
Todo traço de beleza, ocultado
Minhas linhas, minhas curvas, são deporte
Vejo o espelho cruel da minha sorte
Refletindo a beleza do passado


Meus cabelos que pendiam belamente
Ralearam, não mais chegam à cintura
Meus catorze anos, de alma pura
Do pecado carnal, eu era ausente
Mas o dia D da dor se fez presente
Apossou-se, fez morada do meu lado
A alegria para sempre fez traslado
Lá bem longe foi morar, não sei seu norte
Vejo o espelho cruel da minha sorte
Refletindo a beleza do passado

Ao passar na vitrine, me espanto
Custo crer na figura projetada
Um espectro assustado sai do nada
Arrebata meu momento, desencanto
A tristeza se apodera, cai o pranto
Cubro o rosto pra não ver meu próprio estado
Lembro todos que roubaram meu primado
Olho em volta, a saída é só a morte
Vejo o espelho cruel da minha sorte
Refletindo a beleza do passado.


Portal do Pajeú
Cantigas e Cantos

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