Ouça aqui a faixa Nós dois
"As pessoas realmente estão curiosas em relação ao Pará. Temos cultura muito rica, vasta e diferente. Fico feliz por nossa música ser reconhecida e aprovada por todo o país", comemora Luê. O disco da jovem artista conta com participações especiais, além do aval de gente como Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra, Cyz Zamorano e Carlos Eduardo Miranda. Mas a grande honra foi contar com o compositor Júnior Soares, pai da cantora e sua principal influência. Além de tocar na última faixa, Cavalo marinho, é dele uma das canções mais interessantes do repertório: Nós dois, parceria com Ronaldo Silva.
Júnior Soares se surpreendeu ao ouvir a filha cantar pela primeira vez. Desde pequena, Luê sempre esteve envolvida com a música. Durante 12 anos estudou violino clássico, no Conservatório de Belém. Quando resolveu soltar a voz, a surpresa foi geral.
"Sempre tive vontade de cantar e mal assumia isso. Certa vez, cantei numa reunião da minha família. A reação de todo mundo – a do meu pai, principalmente – chamou a minha atenção. As pessoas gostaram muito, vi que aquilo deveria se tornar algo real", explica Luê.
Rabeca
A cantora assina algumas faixas de A fim de onda, além de tocar rabeca em boa parte delas. “Parente” do violino, o instrumento é muito comum nas festas de São Benedito, especialmente em Bragança, cidade do interior paraense. "Minha rabeca veio de lá, o fato de já saber tocar violino me ajudou. A sonoridade dela é impressionante, casou bem com as canções do CD", acredita.
Com o patrocínio do projeto Natura musical, A fim de onda traz ritmos variados – do carimbó e guitarrada ao soul, passando pelo pop. Luê admite: não consegue definir o gênero em que se enquadra. Isso, aliás, tem se tornado cada vez mais difícil ultimamente.
"É complicado a gente rotular um disco, um artista e até uma canção. Quem escuta o meu som percebe que ele traz a sonoridade do Pará. É a mistura de tudo um pouco. O bacana é isso", conclui a cantora.
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