Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.
Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.
Texto: Gilberto Lopes
Criador do Blog.
terça-feira, 26 de março de 2013
MÚSICA: Disco >> The Strokes experimentam outras sonoridades em disco novo
Come down machine (Sony
Music) é o melhor disco dos Strokes desde is this it?, o álbum que bombou e, ao
mesmo tempo, estigmatizou a banda. Comedown machine tem levado bordoadas de
críticos e fãs por não ser mais um Is this it 2? (assim como aconteceu com os
outros três CDs anteriores do grupo). Uma das agulhadas mais comuns em Comedown
machine é que o álbum não tem foco, atira para todos os lados e não acerta alvo
algum. O que já foi qualidade em bandas do passado, agora é falta de estilo.
Comparações à parte, não há um disco mais sem sem foco do que o Álbum Branco,
dos Beatles. Atirar para todos os lados era uma marca registrada do quarteto de
Liverpool.
Agora quem queria uma “reabilitação” de Julian Casablanca & cia,
se decepciona logo na abertura de Comedown machine, com Tap out. A faixa ainda
começa com uma pegadinha, um solo estridente de guitarra, para em seguida cair
num funk tecnopop. Refaz-se do susto com All the time, uma canção um pop rock
com o figurino de Is this it? que, aliás, já estava bastante usado quando The
Strokes o usou no começo da década. Vale ler as críticas de então. Os elogios
eram contrapontuando por comparações com O Velvet Underground, ou Lou Reed, de
quem os Strokes são, como diria Caetano Veloso, a linha evolutiva no som de
Nova Iorque ou mais precisamente, de Manhattan.
Mas o passado cada vez
mais distante da banda só volta a dar as caras, mais ou menos, em 50/50, com
ares punk, efeitos nos vocais, e a batida repetitiva, básica do baterista
Fabrizio Moretti. The Clash teve cobranças dos fãs, que embarcaram no
esquerdismo sisudo da banda dos primeiros discos, com Combat rock. Naquele
disco de, de 1982, o Clash apontava que a política pode ser vinculada à
diversão, com o hit Rock the Kasbah, cujo alvo era o fundamentalismo iraniano
do aiatolá Khomeini (embora não haja referências explícitas na letra). Um
detalhe importante que está sendo irrelevado. The Strokes foi o grupo que
retomou as guitarras na música pop com Is this it? Com Comedown machine aponta
para os teclados.
Uma das melhores faixas de Comedown machine é exatamente a em
que os teclados e programações predominam, o prog pop 80’s comedown machine. A
influência de Phillip Glass na repetição do loop, envolvendo a melodia, lenta:
“Não é a primeira vez que vejo você passar/tentei bastante voltar até lá/mas
você não está atualizado/nunca mais”, versos inicias da canção que termina com
um sugestivo aviso: “Fuja”. É o que parecem querer dizer com One way trigger,
em que se descobiram insuspeitadas, e inexistentes, semelhanças com o
tecnobrega paraense. Se tem semelhanças é com o tecnopop escandinavo do A-Ha (o
andamento e o riff de sintetizador lembram muito o megahit Take on me, de
1984).
Neste atirar para todos os lados, há desperdício de projéteis,
em alvos errados. É o caso de Slow animals, uma mal concebida tentativa de
misturar o tecno dos anos 80 com o o som de This is it? Um Frankenstein que soa
como as experiências de Danger Mouse em fundir sonoridades heterogêneas, como
Beck e Beatles, fazendo-as parecer um outro disco. Slow animals é esta
experiência que soam como emendas que se vêm as rachaduras. Em Happy end as
guitarras de Nick Valensi e Albert Hammond Jr. estão melhores encaixadas como
sintetizador ao fundo, repetindo a mesma frase quase a música inteira. o disco
fecha com o anticlímax de Call it fate, call it karma, meio bossa nova, meio
rock and roll, com a guitarra com dissonantes acordes jazzísticos. Um disco que
não foi para agradar os antigos fãs, mas angariar novos fãs as clube.
MAIS UMA
Ontem a banda liberou mais uma canção, Fast animals, lado B do
single All the time. A música é um remake acelerado de Slow animals, e saiu
como faixa bônus na versão japonesa de Comedown machine. O grupo não pretende conceder entrevistas sobre o disco novo, tampouco pretende fazer a turnê
Comedown machine.
Nenhum comentário:
Postar um comentário