Um ano após a morte do humorista, Malga Di Paula diz que a dor da perda não diminuiu
Neste sábado (23) completa um ano da morte de Chico
Anysio, o mestre do humor, que influenciou e revelou tantos nomes que fazem ou
fizeram sucesso nos palcos e na telinha e deixou personagens inesquecíveis como
o Professor Raimundo, Painho e Alberto Roberto.
Uma das tantas vítimas do cigarro, o humorista travou uma verdadeira guerra
contra o enfisema pulmonar. Nos seus últimos anos de vida, Chico passou muito
tempo em hospitais.
Sua primeira internação em 2010 durou 110 dias. Guerreiro, ele teve alta e
voltou até a trabalhar. Até quem em 2011, precisou ser internado pela última
vez, por conta de uma hemorragia digestiva. Chico deu entrada no hospital no
dia 22 de dezembro e complicações respiratórias agravaram o quadro. Ele morreu
aos 80 anos.
Durante todo o período crítico, Chico Anysio teve a companhia dos filhos e da
última mulher, a empresária Malga Di Paula. Em entrevista ao R7, a viúva do humorista revela que
aprendeu a conviver com a dor da perda e que continua batalhando para construir
o Instituto Chico Anysio, que vai travar um combate contra o cigarro e os seus
malefícios.
Leia a entrevista na íntegra:
R7 — Malga, você acompanhou todo
sofrimento do Chico e a luta nos últimos anos. Em algum momento ele desistiu do
tratamento e de se recuperar?
Malga Di Paula — Nunca, ele lutou até o último segundo e ainda tinha
esperança na cura.
R7 — Nos últimos anos, como estava o
relacionamento entre você e os filhos? Vocês se apoiaram?
Malga — Meu relacionamento com os filhos dele sempre foi bom. Nos últimos
tempos quando o Chico ficou mais doente houve uma tensão maior entre nós, mas
hoje vejo que isso é absolutamente normal em qualquer família. Quando alguém
fica doente há uma animosidade entre todos e isso é muito estressante. O Chico
teve sete filhos e eu me relaciono maravilhosamente bem com quatro deles, então
eu estou com a maioria.
R7 — Você conseguiria dizer hoje que a
dor da perda diminuiu de alguma forma?
Malga — Não, ela não diminuiu, ela apenas se transformou em algo mais
suportável, porque não tem jeito mesmo, não há nada que se possa fazer...
Uma das tantas vítimas do cigarro, o humorista travou uma verdadeira guerra contra o enfisema pulmonar. Nos seus últimos anos de vida, Chico passou muito tempo em hospitais.
Sua primeira internação em 2010 durou 110 dias. Guerreiro, ele teve alta e voltou até a trabalhar. Até quem em 2011, precisou ser internado pela última vez, por conta de uma hemorragia digestiva. Chico deu entrada no hospital no dia 22 de dezembro e complicações respiratórias agravaram o quadro. Ele morreu aos 80 anos.
Durante todo o período crítico, Chico Anysio teve a companhia dos filhos e da última mulher, a empresária Malga Di Paula. Em entrevista ao R7, a viúva do humorista revela que aprendeu a conviver com a dor da perda e que continua batalhando para construir o Instituto Chico Anysio, que vai travar um combate contra o cigarro e os seus malefícios.
Leia a entrevista na íntegra:
R7 — Malga, você acompanhou todo sofrimento do Chico e a luta nos últimos anos. Em algum momento ele desistiu do tratamento e de se recuperar?
Malga Di Paula — Nunca, ele lutou até o último segundo e ainda tinha esperança na cura.
R7 — Nos últimos anos, como estava o relacionamento entre você e os filhos? Vocês se apoiaram?
Malga — Meu relacionamento com os filhos dele sempre foi bom. Nos últimos tempos quando o Chico ficou mais doente houve uma tensão maior entre nós, mas hoje vejo que isso é absolutamente normal em qualquer família. Quando alguém fica doente há uma animosidade entre todos e isso é muito estressante. O Chico teve sete filhos e eu me relaciono maravilhosamente bem com quatro deles, então eu estou com a maioria.
R7 — Você conseguiria dizer hoje que a dor da perda diminuiu de alguma forma?
Malga — Não, ela não diminuiu, ela apenas se transformou em algo mais suportável, porque não tem jeito mesmo, não há nada que se possa fazer...
Malga — O Chico sempre foi muito carinhoso comigo, mas quando ele estava bem doente ele estava mais carinhoso ainda. A doença foi deixando-o muito frágil. Às vezes, ele ficava num silêncio quase meditativo e queria apenas segurar a minha mão. Eu sabia que aquilo dava segurança a ele, mas também era uma forma carinhosa que ele tinha de demonstrar que eu era importante para ele.
R7 — Você estava organizando o Instituto Chico Anysio contra o cigarro. Em que pé anda este projeto?
Malga — O Instituto continua a passos lentos, porque houve muitas promessas neste período, mas quase nada se concretizou. Eu também não fiquei muito forte pra trabalhar, porque me entreguei profundamente ao meu luto neste ano que passou. Tenho esperanças, em agora poder ficar mais fortalecida, pra poder dar andamento ao Instituto Chico Anysio e concretizar tudo o que pensamos em fazer juntos.
R7 — No seu dia a dia, você pensa de alguma forma em honrar a memória dele?
Malga — Tudo o que eu tenho feito é pensando sempre na memória dele, tenho participado de tudo o que posso em sua homenagem... Sei que o dia que eu puder realmente edificar o Instituto para ajudar os doentes de enfisema e conscientizar as pessoas sobre os malefícios do cigarro, eu realmente terei encontrado a melhor forma de homenageá-lo.
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