Existe um Brasil ainda pouco
desbravado do lado de cima da Linha do Equador. Um Brasil de ritmos dançantes e
apimentados na melhor maneira brasileira de ser. Do carimbó à guitarrada, a
Região Norte aos poucos vai marcando território na cena musical brasileira e
conquistando o gosto e o requebrado do País. Foi exatamente para reunir e
ajudar a divulgar ainda mais os sons e artistas dos Estados de cima que foi
criada a revista Seleta (disponível em pdf no link
issuu.com/serasgum/docs/revistaseleta). Uma publicação que embora tímida vai
assumindo o posto de porta-voz e vitrine da cultura fonográfica cujas bases
estão nas fronteiras nacionais e que usam desde o tradicional ao pop.
Seleta é uma criação da produtora Se Rasgum, formada pelo jornalista Marcelo
Damaso e pela publicitária Renée Chalu. Os dois integram uma produtora cultural
do Norte, a Se Rasgum, que promove eventos e shows. “Eu trabalhei alguns anos
em caderno de cultura, cobri muito a parte de música e escrevi para algumas
revistas de fora. Tive a experiência também como editor, nos dois jornais que
trabalhei. E como nós somos sempre cercados de amigos jornalistas e de toda uma
equipe capaz de fazer a revista, resolvemos que esse era o momento de lançar
uma revista que falasse especificamente sobre música da Amazônia”, diz Marcelo.
O projeto, beneficiado pela Lei
de Incentivo à Cultura estadual, ganhou também patrocínio do programa Conexão
Vivo. O trabalho foi distribuído à imprensa no Recife, no último Carnaval,
durante o Rec-Beat.
Esta edição da revista, que é
semestral, traz entrevistas e textos sobre artistas com projeção regional e
nacional. Entre os destaques estão Dona Onete (a Lia de Itamaracá amazônica),
Felipe Cordeiro e Lia Sophia (que esteve aqui no Carnaval). O material é
assinado por jornalistas, fotógrafos, produtores, ilustrador e designers do
Pará, mais especificamente de Belém.
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