terça-feira, 26 de maio de 2020

Poesia: "Noites sombrias", um soneto de Daniel Nunes


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NOITES SOMBRIAS

Chega a noite em quimeras arquejantes
Na escura mata da mente fecundada
Onde de sonhos à viver cansada
Não ver brilhar esperanças radiantes.

Corta o silêncio na terra descampada
Perdido ao vento despeço a horizontes
Pensamentos despidos entre os montes
Aguardando brilhar nova alvorada.

Brotam fantasmas entre a noite nua
Gemem na sombra contemplando a lua
Em meio à noite — nevoento manto.

Parte da mata junto a mente dorme
Já no meu peito um buraco enorme
Enquanto sonho me Afogando em pranto.

Daniel Nunes.

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