NO CURRAL DE FAXINA
ENLAMEADO
VEJO AS MARCAS DAS BOTAS
DO VAQUEIRO
Vejo a sela num torno pendurada
O gibão, a espora e a
perneira
E uma foto coberta de
poeira
Relembrando da última
vaquejada
Lembro ao longe a poeira
da estrada
E o trupé que fazia um boi
ligeiro
E as lembranças num pé de
marmeleiro
Que veloz, ao passar, deixou
quebrado
No curral de faxina
enlameado
Vejo as marcas das botas
do vaqueiro
Na forquilha da cerca de faxina
Vejo as marcas do velho caldeirão
Tem as manchas de leite pelo chão
Que pingava dos peitos da Turina
Misturado com os pingos neblina
Quando venta, do leite traz o cheiro
E no recanto onde fica o bezerreiro
Dorme ainda um bezerro desmamado
No curral de faxina enlameado
Vejo as marcas das botas do vaqueiro
Autor: Antônio Nunes
Mote : Cláudio Viana
CANTIGAS E CANTOS
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