domingo, 5 de março de 2017

Poesia: "Aurora triste", um soneto de Daniel Nunes



Aurora triste

Todos os dias, quando a aurora desce
Minha dor se mostra incompreendida
No extremo exílio dessa dor sentida
Tenho o silêncio transformado em prece

Meu pobre ser por sofrer padece, 
Tendo no peito enorme ferida
Destruindo os sonhos, sepultando a vida
Em uma saudade que jamais se esquece

Poderia eu salvar-me, mas no entanto, 
Não consigo mais controlar meu pranto
 
Passando os dias triste e solitário

Retirado de tudo eu me encontro agora
Cantando as mágoas numa voz sonora
Caminhando a esmo para meu calvário.


Daniel Nunes

Cantigas e Cantos

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