Aurora triste
Todos os dias, quando a aurora desce
Minha dor se mostra incompreendida
No extremo exílio dessa dor sentida
Tenho o silêncio transformado em prece
Minha dor se mostra incompreendida
No extremo exílio dessa dor sentida
Tenho o silêncio transformado em prece
Meu pobre ser por sofrer padece,
Tendo no peito enorme ferida
Destruindo os sonhos, sepultando a vida
Em uma saudade que jamais se esquece
Tendo no peito enorme ferida
Destruindo os sonhos, sepultando a vida
Em uma saudade que jamais se esquece
Poderia eu salvar-me, mas no entanto,
Não consigo mais controlar meu pranto
Passando os dias triste e solitário
Não consigo mais controlar meu pranto
Passando os dias triste e solitário
Retirado de tudo eu me encontro agora
Cantando as mágoas numa voz sonora
Caminhando a esmo para meu calvário.
Cantando as mágoas numa voz sonora
Caminhando a esmo para meu calvário.
Daniel Nunes
Cantigas e Cantos
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