Dia 03 de janeiro de 2017, estava na casa do Poeta Arlindo Lopes
(Pirraia) e no vai e vem dos diálogos e versos, ele disse, Poeta, "Às
vezes penso que a vida pensa que não vivo nela!”
Guardei o mote e prometi ao poeta glosá-lo. Eis as glosas:
A própria vida
interroga
O que dela faz
o dono.
O tempo nada
prorroga,
E eu sempre lhe
questiono:
-Porque não
revela a gente
O que virá pela
frente?
Mas, a vida não
revela...
E de alma
enfurecida.
Às vezes penso
que a vida
Pensa que não
vivo nela! .
Por fora eu
ando sorrindo
Como se
estivesse bem.
O que dentro
estou sentindo,
Só Deus sabe e
mais ninguém!
Muitas vezes eu
preciso
Tentar esconder
no riso,
A dor da minha
mazela...
Que não pode
ser fingida.
Às vezes penso
que a vida
Pensa que não
vivo nela! .
De tanto sofrer
eu vago
Nas ruas da
solidão.
Estou me
sentindo um lago
Ressequido no
verão.
Quero saber
onde errei!?
Confirmo que
nada sei...
Ou se foi por
causa dela
Que a mente
ficou perdida...
Às vezes penso
que a vida
Pensa que não
vivo nela! .
Procurei
medicamento
Para a minha
enfermidade.
E constatei no
momento,
Que o sintoma é
de saudade.
Depois de tanta
procura,
Descobri que a
minha cura
Se encontra nos
braços dela,
Em distância
desmedida!
Às vezes penso
que a vida
Pensa que não
vivo nela! .
Andrade Lima
Mote: Arlindo Lopes Em Teresina PI, 13/02/2017.
CANTIGAS E CANTOS
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