Pranto e riso
No pranto da criança eu não diviso
Mágoa nenhuma, é tudo luz e encanto;
Tem, nuns restos de céu e paraíso,
Toda a alegria matinal de um canto.
Mágoa nenhuma, é tudo luz e encanto;
Tem, nuns restos de céu e paraíso,
Toda a alegria matinal de um canto.
Mas, de um velho, num rápido sorriso,
Mágoas profundas eu percebo entanto!
No pranto da criança há quase riso,
No sorriso do velho há quase pranto!...
Mágoas profundas eu percebo entanto!
No pranto da criança há quase riso,
No sorriso do velho há quase pranto!...
Ri-se o velho, é um por de sol que chora;
Chora a criança, é como se uma aurora
Num chuveiro de pérolas se abrisse;
Chora a criança, é como se uma aurora
Num chuveiro de pérolas se abrisse;
E tem muito mais luz, mais esperança,
A lágrima nos olhos da criança,
Que o sorriso nos lábios da velhice!...
A lágrima nos olhos da criança,
Que o sorriso nos lábios da velhice!...
Alfredo de Assis
Fonte: Facebook de Paulo Passos
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