segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Soneto: Seis Horas, Um soneto João Batista de Siqueira "Cancão"














Seis Horas

A tarde morre e no azul infindo
O véu da noite sobre o céu desliza
A relva sente ao perpassar da brisa
Brilhantes finos pelo chão caindo

O nevoeiro mansamente indo
Recebe o brilho que lhe cristaliza
E a luz serena pela rocha lisa
Desaparece como um drama lindo

No Ocidente, vermelhão dourado
Vulcão celeste que, já encantado
Vai mergulhando muito além da serra

Farol sanguíneo  que através do mar
Volta ainda o luminoso olhar
Para as tristezas que deixou na terra.

João Batista de Siqueira (Cancão)
S. José do Egito

*Soneto extraído do livro: Palavras ao Plenilúnio
de Lindoaldo Jr.

Cantigas e Cantos

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