sábado, 5 de novembro de 2016

Poesia: " Línguas ferinas", um soneto de Andrade Lima


Línguas ferinas

Sempre achei muito feio cochichar
Nos ouvidos alheios pondo a mão...
E escutar um irmão do seu irmão
Aos amigos na praça fofocar.

Quem se faz de bonzinho, pode olhar
Que na língua conduz um tesourão!
É preciso trazer um caminhão
Se quiser às más línguas carregar.

Não dou crença a quem vem à minha casa
Blasfemar das pessoas... corto a asa
E despacho ligeiro sem respostas!

Não sou Santo, mas sempre pensei assim:
Quem fofoca dos outros para mim,
Também fala de mim - às minhas costas!

Andrade Lima.
Em Teresina PI, 04/11/2016

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