A Árvore Genealógica
da Arte da Cantoria
A poesia descende
De gregos, turcos e
árabes,
Hebreus, egípcios, romanos,
Berberes, celtas e moçárabes,
Germanos e visigodos;
Se tem gene deles todos,
Não é só uma etnia!
Eis aí a grande lógica.
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria!
Hebreus, egípcios, romanos,
Berberes, celtas e moçárabes,
Germanos e visigodos;
Se tem gene deles todos,
Não é só uma etnia!
Eis aí a grande lógica.
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria!
A audição de um
poema
Remete-nos ao período,
Da “odisséia” de Homero,
E “cosmogonia” de Hesíodo;
Hexâmetros feéricos
Dos belos hinos homéricos;
E a grande “teogonia”,
Exaltação mitológica
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria.
Remete-nos ao período,
Da “odisséia” de Homero,
E “cosmogonia” de Hesíodo;
Hexâmetros feéricos
Dos belos hinos homéricos;
E a grande “teogonia”,
Exaltação mitológica
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria.
“O épico de
Gilgamesh”,
“Os diálogos de
Platão”
O livro “cântico dos cânticos”
Escrito por Salomão!
A “Eneida” de Virgílio,
E o mais erudito idílio
Nos saraus de Alexandria,
São a tábua pedagógica
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria.
O livro “cântico dos cânticos”
Escrito por Salomão!
A “Eneida” de Virgílio,
E o mais erudito idílio
Nos saraus de Alexandria,
São a tábua pedagógica
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria.
Os acrósticos
egípcios,
A canção dos beduínos,
Os versos oraculares
Dos compêndios sibilinos,
Os poemas dos astecas
Incas, maias e toltecas,
Entranhados de magia.
Uma fusão astrológica,
Na árvore genealógica
Da arte da cantoria.
A canção dos beduínos,
Os versos oraculares
Dos compêndios sibilinos,
Os poemas dos astecas
Incas, maias e toltecas,
Entranhados de magia.
Uma fusão astrológica,
Na árvore genealógica
Da arte da cantoria.
O trovadorismo
surge
No sul da França e Espanha,
Vai de Portugal à Itália,
Da Holanda à Alemanha.
Do chão da península ibérica
Partiu para cada América,
Um exemplar uma cria
De raiz etiológica
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria.
No sul da França e Espanha,
Vai de Portugal à Itália,
Da Holanda à Alemanha.
Do chão da península ibérica
Partiu para cada América,
Um exemplar uma cria
De raiz etiológica
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria.
Na América do Sul,
No nordeste do Brasil,
Germinou, brotou, cresceu
Num glorioso perfil.
Repentistas cantadores,
Vates improvisadores,
Herdaram da poesia
Sua parte biológica
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria.
No nordeste do Brasil,
Germinou, brotou, cresceu
Num glorioso perfil.
Repentistas cantadores,
Vates improvisadores,
Herdaram da poesia
Sua parte biológica
Da árvore genealógica
Da arte da cantoria.
Daudeth Bandeira
Fonte: Poeta
Pajeuzeiro
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