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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 31 de janeiro de 2016

Poesia: "Só tem marcas de pingos de saudades / Nos caminhos da minha solidão", um poema de Sebastião Dias


Só tem marcas pingos de saudades
Nos caminhos da minha solidão

Eu recordo o meu tempo de rapaz
Época linda de amor e de carinho
Fiquei velho e agora estou sozinho
Ando só para mim não tenho mais paz
Minhas costas levando dois postais
Pra poder seguir frente, rumo em vão
Talvez sejam os postais que já estão
Se torando no peso da idade
Só tem marcas de pingos de saudades
Nos caminhos da minha solidão

Hoje em dia eu lamento pela sorte
Quis gozar muito mais, porem não pude
E com saudade da minha juventude
Vou andando agora e busco a morte
Hoje estou muito fraco, mas fui forte
Já tem calos demais na minha mão
Que é preciso a ajuda de um bastão
Segurando o meu corpo na metade
Só tem marcas de pingos de saudades
Nos caminhos da minha solidão

Reconheço que a vida é mesmo assim
Vim do berço que foi meu endereço
Hoje em dia na estrada onde padeço
Vou andando em procura do meu fim
A mulher que um dia disse um sim
Pra poder enganar meu coração
Hoje em dia se olha diz um não
Talvez seja de mim ter  piedade
Só tem marcas de pingos de saudades
Nos caminhos da minha solidão

O passado cruel deu uma prova
Que a infância da gente por ser linda
É bonita demais, depois se finda
Que o tempo cruel tudo reprova
Só me resta é andar daqui pra cova
E pedindo a um amigo ou uma mão
Que me bote num dia num caixão
Nem eu seja um caixão de caridade
Só tem marcas de pingos de saudades
Nos caminhos da minha solidão

Minha gente o período inicial
Para mim foi tão cheio de beleza
Hoje em dia tão cheio de tristeza
Minha dor já tornou-se até fatal
Vou agora esperar o meu final
Deixar tudo de lado a ilusão
Brevemente eu irei pra onde estão
Os que foram daqui pra eternidade
Só tem marcas de pingos de saudades
Nos caminhos da minha solidão


Sebastião Dias

CANTIGAS E CANTOS

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