sábado, 5 de dezembro de 2015

Poesia: "O fim", um soneto de Marcos Mairton


O FIM

Quando a terra começa a tremer,
E as paredes começam a ruir,
Quando não há lugar para fugir,
E não há mais aonde se esconder.

Quando espaço não há para correr,
E se vê que é inútil reagir,
Sem espada capaz de agredir,
Nem escudo que possa defender.

É preciso, talvez, ter humildade,
Ou, quem sabe, até serenidade,
Para ver que as coisas são assim:

Muitas vezes, buscando uma vitória,
Construímos nós mesmos uma história
Cujo epílogo é o nosso próprio fim.

Marcos Mairton


Contos, crônicas e cordéis

Jornal Besta Fubana

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