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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Poesia: "Divisões da vida", um poema de Enoque Ferreira Leite

DIVISÕES DA  VIDA 

Desponta o sol da infância
No horizonte da vida
Como medindo a distância
Dessa jornada comprida
30 anos é meio dia
40 é tarde sombria 
50 é sol no poente
70 é quando anoitece
80 desaparece 
A esperança da gente

10 anos tempo de flor 
Aos 20 deixa ilusão
Aos 30 aparece dor
40 é recordação
50 é triste lembrança
60 morre  esperança
70 é cume das frágoas 
80 já é o cúmulo
90 a boca do túmulo 
recebe o resto das mágoas

Tempo bom é adolescência
Juventude é céu de flor 
Transpira odor da essência 
Pelas pétalas do amor
Depois a virilidade
Chega plantando saudade
Afugentando a virtude
E a onda dos desenganos
Empurra a barca dos anos
No cais da decrepitude

É muito escuro o porvir 
Depois dos 50 anos 
Começa o homem a sentir
O peso dos desenganos
Uns não alcaçam 60
Outros passam de 70
80 o mastro bambeia
90 o barco desanda 
E a morte fica de banda
Morando parede e meia  

Embalado o tempo corre
Tudo que é bom se liquida
Cada uma tarde que morre 
Encurta um dia de vida
Cada data é uma história
Que fica em nossa memória 
Que a vida é como um jornal
Tudo que passa anuncia 
Cada uma página é um dia 
A morte um ponto final

A vida é como uma rosa
Que as pétalas contém aroma
Enquanto nova é cheirosa
Ficando velha ela broma
No 30 com um sereno
Pelo frescor do terreno
A roseira se eleva
Depois que falta o orvalho
Murcha  a rama, seca o galho,
Cai a flor, o vento leva

Para me certificar
Que a vida não vale nada
Eu resolvi visitar  
A nossa ultima morada
Como quem se desanima
Chorei de joelhos em cima
Do tumulo dos meus avós
Onde uma lousa funénera
Vive cobrindo a matéria 
Que tantos foi como nós

Enoque Ferreira

Extraído  do CD SERTÃO DIVERSO de Felisardo Moura


Blog  do Belmontense Poeta Cícero Moraes

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