segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

A poesia de Paulo Robério


O sol esturrica o chão
Queima o resto que há de flora
O pouco d'água evapora
Na caldeira do verão
Ninguém ouve mais trovão
No solo não cai neblina
Aqui mesmo em Petrolina
É grande a calamidade
Não chove mais na cidade
Nem na área campesina.

Já vendo a hora morrer
Meus animais sem ração
Eu fiz uma plantação
De palmas pra socorrer
Gastei muito sem poder
E trabalhei no pesado
Mas não tive resultado
Reclamo da minha sina
Pois o galo de campina
Comeu o que foi plantado.

Esse bicho esfomeado
Não quer comer o xerém
Que comprei no armazém
E espalhei no roçado
Quer matar de fome o gado
Destruindo a plantação
Pus espantalho no chão
Pra ver se espantava ele
Virou foi poleiro dele
E minha palma a ração.

Palma Orelha de Elefante
Lá da Agro Curaçá
Eu plantei ela por cá
Achei muito interessante
E pensei que ia avante
Por ser livre do Carmim
Mas não é do "passarim"
Apenas da Cochonilha
Meus nervos tão uma pilha
Vendo ela chegar ao fim.

Não sei mais o que fazer
Pra não ter mais prejuízo
Alguma ação é preciso
Adotar pra reverter
Ou a palma vai morrer
Ou os passarinhos vão
Ou Deus manda a solução
Que querendo Ele não tarda
Ou recorro a espingarda
Carabina de pressão.


Paulo Robério
Paulo Roberio

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