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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Poesia: "Quando vi o meu pai sendo enterrado, eu quis ir mais não coube no caixão", um poema de Rubens do Valle

Quando vi o meu pai sendo enterrado
Eu quis ir mais não coube no caixão
Não existe uma dor mais dolorosa
Que a dor da partida de um ente
Só conhece essa dor quem passa e sente
A facada da morte impiedosa
A notícia ao chegar é desastrosa
Quem recebe a notícia vai ao chão
Fica em choque e já sente que a pressão
Já não deixa o seu corpo equilibrado
Quando vi o meu pai sendo enterrado
Eu quis ir mais não coube no caixão
Desse dia eu nunca esquecerei
A notícia já deu-se logo cedo
Eu confesso na hora tive medo
E no pânico eu me desesperei
Agarrei-me aos meus filhos e chorei
Fiquei pálido e tremia cada mão
De joelhos rezei uma oração
E entreguei a Deus pai, meu pai finado
Quando vi o meu pai sendo enterrado
Eu quis ir mais não coube no caixão
Apertei suas mãos entrelaçadas
Sobre o corpo que assim é de costume
No velório senti outro perfume
Das coroas de rosas perfumadas
Suas unhas sem vida, arroxeadas
Pude ver segurando em cada mão
Pus a mão para ouvir seu coração
Mas alguém me falou está parado
Quando vi o meu pai sendo enterrado
Eu quis ir mais não coube no caixão
O verniz do caixão está na mente
Lembro a lágrima pingando de uma vela
Lembro a vela fazendo sentinela
Clareando o seu corpo ali presente
A feição quando gela é diferente
Do calor que antes tinha na feição
Seu nariz não faz mais inspiração
Se entrou ar no seu corpo está trancado
Quando eu vi o meu pai sendo enterrado
Eu quis ir mais não coube no caixão
Disse pai por favor, fale comigo
Se o senhor no silêncio está me ouvindo
Diga filho o papai está dormindo
Mas assim que acordar fala contigo
O senhor é meu verdadeiro amigo
E no mundo outro João não acho não
Não me deixes no mar da ilusão
Que eu não nado e assim morro afogado
Quando vi o meu pai sendo enterrado
Eu quis ir mais não coube no caixão
Mote e versos de Rubens do Valle.
Fonte: Facebook de Severino Batista

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