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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

ESTREIA: Documentário ajuda a desvendar Chico Buarque

Chico: Artista Brasileiro traz depoimentos sobre a intimidade do músico e escritor


Detalhe do cartaz do filme Chico: Artista Brasileiro / Sony Pictures/Divulgação

Detalhe do cartaz do filme Chico: Artista Brasileiro

Sony Pictures/Divulgação


Para muita gente, a qualidade da música brasileira piorou muito nos últimos 50 anos. Para Chico Buarque de Holanda, ela melhorou, visto que mais pessoas podem expressar aquilo que realmente sentem (e como sentem) e que diminuiu a influência de um modelo artístico elitista que predominou no Brasil até décadas passadas. Para muita gente, viajar de avião ficou um horror, devido aos aeroportos e aviões lotados e ao número cada vez maior de passageiros mal vestidos (sic). Para Chico, melhorou, já que mais pessoas têm acesso ao serviço. Esse olhar crítico, democrático, que reflete a maturidade do cantor, compositor e escritor de 71 anos de idade e com mais de meio século de carreira, dá o tom do documentário Chico: Artista Brasileiro, que estreia esta quinta-feira (26/11) nos cinemas.

Documentário é um gênero que se torna mais interessante quando um filme mostra algo que está além do olhar do espectador. Dirigido por Miguel Faria Jr. - o mesmo realizador dos docs Lamartine Babo e Vinicius (sobre o também compositor Vinicius de Moraes) e das ficções Stelinha e O Xangô de Baker Street, entre outros -, Chico: Artista Brasileiro tem esse mérito. Conhecido como uma personalidade reservada, o protagonista permite a aproximação do cineasta devido à estreita relação de amizade entre ambos tocando, em primeira pessoa, em assuntos íntimos, como o relacionamento delicado com os pais, o casamento com a atriz e ex-esposa Marieta Severo e a busca pelo irmão alemão desconhecido.

No filme, Chico Buarque fala sobre tudo o que pode saciar a curiosidade da opinião pública - especialmente a dos fãs - a seu respeito. Mas vai muito além. No fim, a montagem do longa-metragem revela a figura de um homem sábio, no auge de seus 70 anos bem vividos. Um intelectual que, apesar de meio recluso e menos engajado politicamente, continua preocupado com seu país e que possui um posicionamento lúcido sobre seu tempo. Um artista com um currículo intenso, porém, que ainda consegue - talvez, mais do que nunca - observar seu papel no mundo e exercitar sua humildade. Um trabalhador que, apesar de haver feito tanto - criado canções, discos, livros, filhos e netos - ainda se impõe desafios, numa intensidade menor do que na juventude, mas sem pensar em aposentadoria, muito menos em desistência.

São quase duas horas de duração, mas a impressão que fica é a de que a história de Chico daria, de forma fácil, mais uma série (já foi tema de uma) com várias temporadas, tais são os episódios curiosos e em várias frentes que permeiam sua biografia. Acontecimentos, inclusive, anteriores a ele próprio, como a origem de sua família, a importância de seu pai (o historiador, jornalista e crítico literário Sérgio Buarque de Holanda) e o mistério sobre o irmão nascido na Alemanha, em 1930, fato despertado numa conversa ocasional com o poeta Manuel Bandeira.

A música, claro, é o cerne dessa cinebiografia. Desde o confronto com a mãe, que não queria filho artista, passando pelo desejo expressado em uma carta para avó de que queria ser cantor de rádio, as primeiras composições, o sucesso nos festivais, os musicais, a censura da ditadura militar e a continuidade da carreira após o retorno do exílio. Números musicais com Ney Matogrosso, Mônica Salmaso, Péricles, Adriana Calcanhotto, Mart’nália, Milton Nascimento e a portuguesa Carminho foram rodados especialmente para pontuar o desenvolvimento do filme.

Contudo, como se não bastasse essa persona múltipla, músico, pensador, filho, pai, avô, amigo, militante, eis que surge o romancista (sim, por que escritor ele sempre foi) temporão, o dublê de jogador de futebol e o solitário Chico, segundo ele, muito bem resolvido. Quantas vidas mais tivesse, mais plural ele seria. Chico: Artista Brasileiro é apenas um resumo dessa trajetória grandiosa e uma obra aberta.

Assista a seguir mais vídeos extraídos do longa-metragem:



MARCOS TOLEDO

JConline

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