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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

CAIXA: Antonio Marcos 70 anos: discografia na RCA é relançada

Oito discos que o cantor lançou entre 1969 e 1976 ganham faixas extras



Dizem que louco sou/e que não vou muito tempo durar/que já não sei onde vou/e fico o meu tempo a chorar", os versos são de Dizem que sou louco, faixa que fecha o segundo álbum de Antonio Marcos, lançado em 1970. Ele durou bem mais tempo do que o seu modo de vida levava a crer. Morreu em 5 de abril de 1992, de problemas hepáticos. Antonio Marcos Pensamento da Silva (1945, São Miguel Paulista, SP) é um capítulo à parte na história da Jovem Guarda, e do pop romântico à italiana, trilhado pela maioria dos artistas surgidos na onda do iê iê iê. Um capítulo que estava cada vez mais esquecido e que, oportunamente, o selo carioca Discobertas traz à tona, reeditando, no ano em que Antonio Marcos completaria 70 anos, os álbuns que gravou entre 1967 e 1976, grosso modo, a parte mais importante de sua discografia, na antiga RCA-­Victor, pela qual lançou quase toda sua obra.

São duas caixas, com quatro CDs cada. O vol.1 vai de 1967 a 1972, enquanto o vol.2 de 1973 a 1976. Ressaltando­se que o primeiro álbum solo de Antonio Marcos é de 1969. Sua carreira começou em plena Jovem Guarda, com Os Iguais, sem grande sucesso pela mesma RCA. Os quatro primeiros álbuns de Antonio Marcos têm o nome dele por título. Assim como nos títulos, mostra forte influência de Roberto Carlos, que lhe forneceu o primeiro sucesso nacional, em 1968, Tenho um amor melhor do que o seu. Neste mesmo ano ele retribuiu ao Rei, que gravou E não vou deixar mais você tão só, no LP O inimitável. Roberto Carlos gravaria mais duas canções de Antônio Marcos, Como vai você (em 1972), e Aventuras (1987).

Assim como uma legião de cantores da época Antonio Marcos espelhava­se em Roberto Carlos. Ao contrário da grande maioria, tinha seu próprio estilo, sua temática, e atitude. Era diferente, o que já transparece na adolescência, nos Iguais, que gravou em ritmo de iê iê iê, O romance de uma caveira, moda sertaneja de humor negro, da dupla Alvarenga e Ranchinho (em parceria com Francisco Sales). Baladeiro romântico com jeito de roqueiro. Os cabelos escorridos e longos, barba longa, canções lentas e letras mais apropriadas a blues. Raramente suas músicas têm letras pra cima. Seu álbum menos cinzento é o primeiro, que só traz uma faixa assinada por ele (nesta reedição com seis faixas extras, duas delas com os Iguais).

O disco seguinte (1971) é quase todo autoral, assim como o terceiro, 8­1­45 (data de seu aniversário), de capa meio psicodélica. Aos 26 anos, então casado com a cantora Vanusa (que canta na faixa Namorada, concorrente ao V Festival da Música Popular, 1970). O galã deixou crescer a barba (que estará presente em capas de discos até o álbum Ele, de 1975). Nas letras, ele é um Lupicínio Rodrigues ao contrário, que em vez de vingança, autoflagela­se nas letras: "O meu corpo já cansou/minha vida envelheceu/mas não cansa o coração/que jamais te esqueceu". 

José Teles

JConline

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