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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Poesia: “Sepultura é a única residência que não cobra aluguel do morador”, um mote glosado por Raimundo Nonato

 

"Sepultura é a única residência
Que não cobra aluguel do morador"

Quando a vida se quebra como um vaso
Pra morar no sepulcro o corpo vem
E nem precisa contratos para quem
Tem a eternidade como prazo
O mistério da morte é sem atraso
A doença do sim é sem doutor
Todos tem que partir seja quem for
Quando o tempo decreta a transferência
Sepultura é a única residência
Que não cobra aluguel do morador

Nosso corpo ao perder as forças plenas
Vem pra cova sem ter conforto algum
Um terreno medindo dois por um
Numa casa que tem um conto apenas
Onde as grandes fortunas são pequenas
Reduzidas ao pó depois da dor
Os espíritos tem cheiro como flor
E nossa carne tem podre como essência
Sepultura é a única residência
Que não cobra aluguel do morador

Quando a última viagem o corpo faz
O processo da vida a alma entrega
Caminhão de mudança não carrega
O dinheiro e os bens materiais
Só a cova nivela os desiguais
Contra a morte não tem nada a favor
Desse empréstimo que o tempo é o credor
Só Deus sabe o período de carência
Sepultura é a única residência
Que não cobra aluguel do morador

Eu não sei quem libera o passaporte
Pra que um visto no céu a alma tenha
A passagem sem número virar cem
No caixão sem pneu vira um transporte
Se tem mesmo outra vida após a morte
Se o sol do outro lado é doutra cor
Até hoje não veio um portador  
Pra tirar essa dúvida da ciência
Sepultura é a única residência
Que não cobra aluguel do morador

As matérias do velho e do neném
Para não germinar a morte  planta
No caixão quem se deita não levanta
Nessa rota quem faz nunca mais vem
A cidade dos mortos não mantém
Prefeitura, juiz, nem promotor
Cristo filho é o seu governador
Deus o pai é quem trata a presidência
Sepultura é a única residência
Que não cobra aluguel do morador      

Raimundo Nonato










Mote defendido num congresso de cantadores pelos Nonatos.

CANTIGAS E CANTOS

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