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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Música » Maria Bethânia lança disco com canções que remetem à infância e ao povo brasileiro

Meus quintais" tem composições de autoria de Dori Caymmi, Tom Jobim e Chico César

Preparando-se para comemorar meio século de carreira em fevereiro do ano que vem, Maria Bethânia volta a surpreender público e crítica com o lançamento de Meus quintais, disco de carreira conceitual, no qual canta como ninguém coisas do Brasil, como índios e povos, que considera os verdadeiros donos do país.

Com uma única regravação –, o clássico Mae Maria, de Custódio Mesquita e David Nasser –, o primeiro disco que Bethânia faz depois da morte da mãe, Dona Canô, na verdade segue a reconhecida linha de trabalho da artista que, nos últimos anos, brindou os fãs com pérolas fonográficas como Maricotinha (2001) e Brasileirinho (2003), entre outras.

Meus quintais abre (Alguma voz, de Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro) e fecha (Dindi, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira) com o requinte característico da cantora baiana, acompanhada, ao piano, por André Mehmari e Wagner Tiso, respectivamente. “Trata-se de dois pianos diferentes e extraordinários. Felizmente, eles têm um entendimento do meu cantar”, disse na entrevista coletiva on-line, realizada na manhã desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, onde vive a cantora baiana.

Entre uma faixa e outra, respinga a reconhecida brasilidade do repertório de Bethânia, que vai do samba de roda à folia de reis, passando por outros gêneros. A essência de tudo, claro, é a canção brasileira, à qual Maria Bethânia dispensa o carinho de sempre.

Do Xavante, de Chico César, aos Povos do Brasil, do novato Leandro Fregonesi, passando pela Lua bonita, de Zé Martins e Zé do Norte, Imbelezô eu/Vento de lá, de Roque Ferreira, e Uma Iara/Uma perigosa Yara, de Adriana Calcanhotto sobre texto de Clarice Lispector editado por Fauzi Arap e pela própria cantora, Bethânia é o que Chico César classifica como “o arco da velha índia/ é corda vocal insubmissa”, em 'Arco da velha índia'.

Ela conta que a escolha da parceria de Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro (Alguma voz) para abrir o disco foi feira porque, “de algum modo, a canção é uma memória minha com os meus irmãos. Este disco é para os meus, para os da minha casa”, afirma. “Deus sempre ali, na janela do horizonte, cantando, trabalhando.”

Infância 

A presença de crianças nos vocais de Meus quintais, segundo a cantora, tem a ver com a rica formação vivida em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano. “A infância é o broto de tudo”, reconhece ela, que diz ter tido “a felicidade de uma linda família, com oito irmãos e muitos primos em companhia dos quais curtiu a infância, com direito a “educação muito boa, em escola pública, rigorosa, e muito amor”.

“Meus pais se amaram muito. Isto era nítido entre eles”, admite a cantora, cuja infância “era festa o tempo todo”. “A infância pode, sim, construir a pessoa”, diz Maria Bethânia, que pôde desfrutar de muita música em uma das principais fases da vida, conforme reflete agora em Meus quintais.

Enquanto em discos anteriores ela apresentava o sentimento do povo brasileiro, dessa vez ela canta o que é dela. “Acho o quintal o melhor lugar do mundo, onde aprendi absolutamente tudo, com a característica liberdade do espaço”, afirma Bethânia. Caçula da família Veloso, a cantora lembra da sorte de ter os irmãos por perto na infância. “Caetano está acima de mim. Sorte tê-lo nas brincadeiras, silêncios e observação do quintal”, reconhece. “O quintal é família, sexo, agasalho. Tudo começa ali”, conclui a cantora, que segue fazendo o show Carta de amor.

Diário de Pernambuco

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