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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 7 de junho de 2014

Poesia: "Isso é coisa da santa natureza", um poema de Carlos Aires

Isso é coisa da santa natureza

Uma aranha inseto pequenino
Sem ter roca tear nem fiandeira
Se pendura num pé de catingueira
E começa correndo sem destino
Sem ser linha barbante ou cordão fino
Puxa um fio do corpo e com firmeza
Trabalhando com graça e ligeireza
Num instante constrói a sua teia
Faz a cama no centro da cadeia
Isso é coisa da santa natureza

Admiro um peixe em piracema
Pela contra corrente vai nadando
Obstáculos na frente encontrando
Vence todos sem ter nenhum problema
Do caminho conhece todo esquema
Não pergunta a ninguém e tem certeza
Que o destino fará a gentileza
De leva-lo da foz para a nascente
Pra que lá reproduza o descendente
Isso é coisa da santa natureza

Admiro também um passarinho
Que o recurso que tem é só o bico
Seu poder criativo é muito rico
Quando escolhe o lugar para seu ninho
Lá no mato procura um gravetinho
Vai e volta com muita sutileza
Exibindo o trabalho e a beleza
Com seu canto conquista a sua amada
Pra com ela formar sua ninhada
Isso é coisa da santa natureza

O tatu sem enxada ou cavador
Ferramenta da qual não se dispunha
Simplesmente cavando com a unha
Faz um túnel igual ao do metrô
Seu trabalho é importante e tem valor
Pois é seu instrumento de defesa
Tá seguro tranquilo e com certeza
Que ali não vai ser incomodado
Por algum caçador mal humorado
Isso é coisa da santa natureza

Como é que um pequeno sabiá
Sem de musica entender sem saber nada
Pode ter sua flauta afinada
Sem escala sem Dó sem Ré nem Fá
A sonora elegante que ele dá
Com seu porte imponente de firmeza
Arrebata de mim qualquer tristeza
E alegra também em outros meios
Para aqueles que ouvem seus gorjeios
Isso é coisa da santa natureza

Centopeia é um bicho diferente
Pelo tanto de pernas que ela tem
Ao invés de ter pernas veja bem
Sem ter pernas nenhuma é a serpente
A primeira se move lentamente
A segunda é veloz e tem destreza
Tudo isso é pra gente ter certeza
Da grandeza de Deus o criador
Ter mais fé dar mais crença e mais valor
Isso é coisa da santa natureza.


Carlos Aires

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