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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Circo » Pesquisa inédita faz mapeamento do circo em Pernambuco

Profissionais circenses e as condições de trabalho deles são analisadas no estudo

Rapha Santacruz nunca fez parte de uma trupe, mas vive de mágica há 5 anos. Foto: Silvio Barreto/Divulgação.
Rapha Santacruz nunca fez parte de uma trupe, mas vive de mágica há 5 anos. Foto: Silvio Barreto/Divulgação.
Palhaços, malabaristas, acrobatas, ilusionistas, contorcionistas, equilibristas. Estejam eles em circos, companhias, escolas ou vivendo de forma autônoma, esses profissionais estão ligados por um fio invisível composto pela tradição circense. A atuação deles, em Pernambuco, está sendo mapeada pelo projeto Dentro e Fora dos Picadeiros. A iniciativa tenta localizar, até o fim de novembro, o maior número possível de artistas que tenham alguma ligação com o circo. A intenção é se tornar uma ferramenta de pesquisa para colocar a arte em evidência além de eventos pontuais.

Para coletar as informações, o projeto criou um site para que os trabalhadores do circo - artistas solo, escolas, além de trupes e companhias itinerantes - respondam a um questionário sobre as atividades, com informações sobre os números realizados, treinamento já feito, meios de sustento e dificuldades da profissão. Profissionais e centros de formação também foram procurados, pessoalmente ou por telefone, e alguns dos locais, fotografados.

Embora o projeto ainda não tenha terminado, já é possível ter ideia de como o meio se sustenta. “Os circos de lona de Pernambuco, por exemplo, circulam cobrando ingressos entre R$ 3 e R$ 10 e têm, na melhor das hipóteses, uma plateia de 300 espectadores por apresentação. A estrutura necessária é muito dispendiosa. Cada circo tem, no mínimo, dez pessoas envolvidas em cada espetáculo e também é preciso arcar com fretes de caminhão para transportar os equipamentos”, detalha Sandra Silva, uma das integrantes do projeto.

Um exemplo que se encaixa no perfil é o do Circo de Mônaco, de médio porte, que circula pelo interior do Nordeste e está atualmente em Pombal (PB). A trupe existe há 12 anos e é comandada por Poliana Smirnof, nascida e criada no meio circense. Segundo ela, a atividade é vista de forma ambivalente, com encanto e, ao mesmo tempo, desconfiança. “Procuramos cidades maiores, com mais recursos, mas as prefeituras não querem liberar os terrenos”.

Foi a partir da infância que Rapha Santacruz, 25 anos, se encantou com o ilusionismo. Apesar de não ter vindo de família circense - o pai era cabeleireiro -, aprendeu cedo os primeiros truques, aos 10 anos, com um mágico de rua em Caruaru, onde nasceu. Quando circos chegavam à cidade, Rapha fazia testes para se apresentar, embora nunca tenha feito parte de nenhuma trupe.

Há cinco anos, ele vive exclusivamente da mágica, em carreira solo, com apresentações em festivais e empresas. A renovação dos truques é feita por meio de viagens a congressos e a interação com outros suportes artísticos. “A essência do ilusionismo é a prestidigitação, ou seja, a habilidade manual. Em meu novo espetáculo, chamado Tenda Mulungu, me inspiro no universo das feiras”.

Embora a formação autodidata seja uma prática consolidada no ambiente circense, o surgimento das escolas se tornou mais uma forma de repassar essa arte. Na Escola Pernambucana de Circo, fundada em 1996 no bairro da Macaxeira, o foco é o trabalho com circo social. Acrobacias, malabares e outros números são ensinados a 150 jovens para que eles se apresentem em festas, eventos e em espetáculos do repertório da Trupe Circus, companhia profissional formada na escola por educadores e ex-alunos. “Virou moda colocar o circo em expressões artísticas, como a dança e o teatro. Ele é inserido como diferencial em uma montagem, mas daí a valorizar a arte circense vai uma grande distância. É como se o circo fosse encarado como algo menor”, comenta a coordenadora da escola, Fátima Pontes.

Assista a performance de Rapha Santa Cruz:

 
O CIRCO E SUA ORIGEM
As atividades circenses existem há milênios, desde o Antigo Egito, passando pela Índia e China. Em todas essas sociedades, há registros de acrobacias, equilibrismo, contorcionismo e malabarismo. No entanto, o circo, como o conhecemos hoje no mundo ocidental, na Roma Antiga, quando corridas de biga, engolidores de fogo e apresentações com animais selvagens eram a tônica de cada sessão. Quem criou o circo moderno, por sua vez, foi o inglês Philip Astley (1742-1814), pioneiro em cobrar ingresso e vender os números como um show de variedades.

O CIRCO NO BRASIL
As primeiras trupes circeneses chegaram ao Brasil no século 19, vindas da Europa, e Em 1982, foi fundada a Escola Nacional de Circo, a primeira instituição oficial formadora de artistas circenses do país. Atualmente, o Dia Nacional do Circo é comemorado em 27 de março, data do aniversário do palhaço Abelardo Pinto Piolin, mais conhecido pelo seu sobrenome, Piolin.
PROJETO PICADEIROS PE COMO PARTICIPAR
Na página do projeto há questionários a serem respondidos por três categorias: circos e companhias, artistas solo e escolas. Quem não tiver imagens de apoio pode solicitar à equipe uma sessão fotográfica gratuita, de acordo com a disponibilidade dos integrantes de ambas as partes.


Isabelle Barros -   Diário de Pernambuco

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