Teixeira,
Itapetim e São José do Egito sempre entraram em conflitos sobre a questão dos
cantadores. Os três municípios têm, praticamente, origens similares e são
considerados por estudiosos como o "Triângulo da Poesia". Diante
deste acirramento que não leva a nada compus o seguinte poema.
GUERRA
SANTA DO REPENTE
Da origem
do repente
Existem
vários tutores
Os
provençais, a península
Dizem que
são criadores
Mas para
ser mais preciso
Os árabes,
do improviso
São os
grandes precursores
A arte dos
cantadores
Pelo mundo
se espalhou
E ao chegar
ao nordeste
Bem melhor
se adaptou
Ao sertão
quis visitar
E depois de
aqui chegar
Ela nunca
mais voltou
Em Santa
Cruz, aportou
Para a
honra potiguar
Em Tabira,
em São José
Em Monteiro
e no Pilar
Mas
Teixeira certamente
Foi a
primeira vertente
Do repente
popular
Itapetim
quis bradar
São José se
fez presente
Nesta luta
quase igual
Cada qual,
mãe diferente
ITAPETIM
foi a CHAMA
SÃO JOSÉ
ganhou a FAMA
E TEIXEIRA
foi NASCENTE
Na região
do repente
O conflito
se formou
Três mães
querendo a tutela
Do filho
que se criou
O tempo,
veloz passando
E o filho
foi se criando
Sem saber
quem o gerou
São José
logo se achou
Berço-mãe
da tradição
Por dizer
que no passado
Era tudo um
mesmo chão
Mas outras
terras revoltas
Indagam se
as Pedras Soltas
Não são
mães da criação
Por forte
aglutinação
São José
diz que venceu
Teixeira
fala em nascente
Onde a
semente se deu
Mas afirma
Itapetim
Ser a
planta do jardim
Onde o
verso floresceu
Nas Pedras
Soltas se deu
O talento
pra conquista
Por ser o
berço de Jó
E dos três
irmãos Batista:
Dimas,
sempre genial
Mais
completo, Lourival
E Otacílio,
o artista
Teixeira
tem sempre em vista
Zé Limeira,
com ternura
Um poeta
genial
Com lucidez
e loucura
Igual
jamais haverá
O mulato de
Tauá
“Absurdo”
de cultura
Nesta
guerra de bravura
Não há
canhão ou pistola
Na
guerrilha do repente
O Pinho fez
a escola
Com exceção
de um guerreiro
Pois Inácio
quis pandeiro
Para
enfrentar a viola
São José
nunca se enrola
Pra
defender a razão
Lembra o
gênio da inocência
O
“paisagista” Cancão
E relembra
Zé Morais
“Extravagância”
demais
De tanta
imaginação
Teixeira
quer solução
Para a raiz
do problema
Por ser a
fonte primeira
Onde Inácio
foi emblema
E achando
ser “mãe d’água”
Sobe a
serra e mostra a água
Que desce
da BORBOREMA
Para
aumentar o dilema
Itapetim
volta à guerra
Mostrando a
fonte do rio
Onde o
Pajeú descerra
E na força
do argumento
Prova
riqueza e talento
Dos filhos
de sua terra
Neste
triângulo de guerra
Cada qual
defende um plano
São José
fala em Marinho
Teixeira
fala em Romano
Já Itapetim
com calma
Defende de
“carne e alma”
O gênio
Rogaciano
Teixeira
lembra em seu plano
Agostinho e
Ugolino
Itapetim
fala em Zé
Adalberto,
genuíno
São José na
mesma linha
Relembra
Rafaelzinha
E os irmãos
Bernardino
Teixeira
lembra o “divino”
Zé Obrigo,
um anjo humano
Itapetim
tem Donzílio
Um poeta
sem engano
São José
lembra Lulu
Um gênio do
Pajeú
Que foi um
grande decano
O repente
soberano
Não faz
parte do conflito
Pois
importante pra ele
É verso bom
e bonito
Seja de
qualquer ribeira
ITAPETIM ou
TEIXEIRA
Ou SÃO JOSÉ
DO EGITO
Nenem
Patriota

Fonte: Facebook / Pajeú da Gente

Fonte: Facebook / Pajeú da Gente

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