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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Música: Maestro Forró >> popular, erudito e universal

Disco da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério é destaque no Prêmio da Música Brasileira e consagra o trabalho do regente

Crédito: Beto Figueroa/Divulgação
#CabeçanoMundo veio para coroar uma trajetória de dez anos da Orquestra Popular da Bomba do Hemetério (OPBH). O disco, lançado no fim do ano passado, é um retrato fiel da proposta do grupo de ser “universal e inovador”. À frente do projeto, está Francisco Amâncio da Silva, o Maestro Forró, um músico que desmistifica (e muito) a figura sisuda de um maestro. Showman, ele canta, dança e rege uma orquestra inteira com as pernas - de ponta a cabeça por vezes. Foi dele a iniciativa de reunir 21 pessoas da comunidade da Zona Norte do Recife para “eruditizar o popular e popularizar o erudito”. Deu certo.

Na última quarta-feira, #CabeçanoMundovenceu a categoria de Melhor álbum regional, do Prêmio da Música Brasileira. Maestro Forró estava lá, no palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com seus óculos escuros. “O sentimento é de realização. Uma injeção a mais para continuarmos produzindo”, definiu o regente. Por aqui, os músicos ainda estão plenos com a conquista. “Sempre toquei, mas a OPBH colocou meu nome na praça, me transformou numa referência. A partir do momento que descobrem que ‘você’ é da orquestra, não te olham mais como um músico qualquer”, contou o percussionista Cícero Florenço, o Batom. 

O prêmio apontou que o caminho tomado há mais de dez anos foi o correto. “Forró queria mudar a cena. Ele não queria o metodismo das orquestras. A proposta, desde o início, era trabalhar a cultura com uma linguagem inusitada”, lembrou o baterista Wellington Santos. Para começar, a OPBH não é uma orquestra de frevo. “Também tocamos frevo, assim como tocamos maracatu, chorinho, ciranda”, explica o maestro. #CabeçanoMundo é fiel ao discurso. O cosmopolitismo que permeia o CD - consequência das viagens ao exterior - é um bate-bola entre várias linguagens. Tem maracatu funkeado, chorinho e outras canções com arranjo inovador. 
 
 Parte da pesquisa de campo para o trabalho foi feita durante viagens à Turquia, Romênia e Bulgária, onde gravou o programa Andante, exibido na TV Universitária aos sábados, ao meio-dia. “Com zabumba, pandeiro, meu corpo e minha voz, mergulhei na cultura desses países, interagindo musicalmente com quem faz”, avisa. Numa dessas “imersões”, Forró regeu uma banda sinfônica militar e, curiosamente, constatou semelhanças com o que é produzido no Nordeste. “Somos universais. Estamos todos hashtag conectados,” declarou.

O GRUPO

- A OPBH é formada por 21 músicos, dos 19 aos 35 anos, que ensaiam duas vezes por semana, e seis técnicos. 

- Com uma média de 30 shows por ano, a OPBH costuma realizar mais apresentações durante o período carnavalesco e junino. 

- Para o São João, o grupo preparou o show Fole assoprado, em que reproduzem o som do fole da sanfona com instrumentos de sopro. 

- Andante tem dez episódios e é reprisado aos domingos, às 21h30, na TV Universitária. Amanhã, dia de capítulo inédito, vai ao ar o programa de número quatro. 

AGENDA

15/06 | Caruaru (palco alternativo)
23/06 | Recife, Sítio da Trindade
24/06 | Tamandaré
28/06 | Caruaru (palco principal) 



Diário de Pernambuco

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