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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Poesia: Mestre Manoel Filó " Todo dia muda a cor Do quadro da minha vida"


Preso a forte nervosismo
Sinto duras agressões
Me tangendo aos empurrões
Para os confins do abismo
Por falha no organismo
Meu coração já trepida
Minha mente poluída
Passa um filme de terror
Todo dia muda a cor
Do quadro da minha vida.

Para os trabalhos normais
Me considero indefeso
Ontem suspendi um peso
Que hoje não posso mais
Já demonstrando os sinais
Duma coluna pendida
Que só será corrigida
Se a idade também for
Todo dia muda a cor
Do quadro da minha vida.

Eu nunca consegui ter
Um palacete encantado
Mas mesmo sacrificado
Sempre gostei de viver
Só não acertei fazer
Uma tinta garantida
Que sempre, ao ser removida
Desse o brilho anterior
Todo dia muda a cor
Do quadro da minha vida.

Como a velhice é malvada
Perto do fim da viagem
Me atrapalhando a miragem
Nos grutilhões da jornada
Já vou minguando a passada
Igual a onça ferida
Que aceita ser socorrida
Pelo monstro caçador
Todo dia muda a cor
Do quadro da minha vida.

Raramente vou à missa
Quando volto, é sem coragem
Que mesmo curta a viagem
Gera cansaço e preguiça
A dentadura postiça
Me deixa a fala espremida
Até a própria comida
Desequilibra o sabor
Todo dia muda a cor
Do quadro da minha vida.

Meus tempos de mocidade
Deus não consente voltar
Eu não consigo passar
Sem ser vítima da saudade
Com o pincel da idade
Minha pele foi tingida
A feição diminuída
Como o verão faz na flor
Todo dia muda a cor
Do quadro da minha vida.

Nos tempos da meninice
Comecei pagando um ágio
Não me livrei dum naufrágio
No temporal da velhice
Tudo que o mundo me disse
Teve a verdade medida
O sol da minha partida
Já vai perto de se pôr
Todo dia muda a cor
Do quadro da minha vida.

Fonte: Poeta Pajeuzeiro

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