Os poetas Genildo Santana, Zé Adalberto Do Caroço Do Juá, Gonga Monteiro e Thiago Monteiro vieram ao Recife pra participar de uma mesa de Glosas na Livraria Cultura, mas antes, fomos tomar um banho de mar em Boa Viagem, e aí já viu né!? Esse rebanho de poetas juntos, só poderia dá em versos.
Quando entramos na água, Thiago Monteiro, filho de Gonga, não quis entrar, pois disse que estava com medo dos tubarões (Com toda razão, se tratando de Boa Viagem...). Já dentro d’água Zé Adalberto deu o seguinte mote:
Minha alma se balança
Na rede verde do mar.
Genildo Santana fez:
Minha terra não tem praia,
Tem tão somente um açude
Onde a nossa juventude
Brinca, sorrir e se espraia.
Sem medo de levar vaia
Eu vim pra cá me banhar.
E quem de longe me olhar
Pensa até que sou criança,
Minha alma se balança
Na rede verde do mar.
Zé Adalberto disse:
Eu jamais imaginava
Um prazer desse tamanho,
Nem que o mar me desse um banho
Do jeito que mãe me dava.
Minha mãe me balançava
Só pra não me ver chorar,
Se meu choro hoje voltar
A sua mão não me alcança.
Minha alma se balança
Na rede verde do mar.
Eu, no alto da minha ousadia, disse:
Me balancei no Sertão
Numa rede de tecido,
Mas hoje tenho vivido
Em outra situação.
Distante do meu torrão,
Morando noutro lugar.
E apesar de não gostar
Eu danço conforme a dança
E Minh’alma se balança
Na rede verde do mar.
Gonga Monteiro falou:
Sou mais um pernambucano
Nascido lá no Sertão,
Que anda de pé no chão
Da maneira de um cigano.
Somente de ano em ano
Venho pro mar me banhar.
Thiago não quis entrar
E eu entrei feito criança.
Minha alma se balança
Na rede verde do mar.
E Genildo novamente:
Eu deixei o meu Sertão,
A minha terra natal,
Pra vir para capital,
Para esta diversão.
E se aqui tem tubarão,
Que vá me amedrontar,
Mas ele nem vá pensar
Que acaba esta festança.
Minha alma se balança
Na rede verde do mar.
Fonte: Rede Social
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