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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Poesia: Poeta Terezinhense descreve a serventia da farinha


A SERVENTIA DA FARINHA

A farinha é um marco
Que ao nordeste dá brilho
Com farinha me farto
De mandioca ou de milho
É tradição de pai pra filho
Comê-la frequentemente
Pois se a comida da gente
Tá mole deixa um reboco
Aumenta o que tá pouco
E esfria o que tá quente

A farinha a gente ama
Pois com tudo é combinada
Com tripa chama uma cana
Com ‘toicim’ outra bicada
Feijão sem farinha é nada
Farinha sem feijão num guento
Separar esse casamento
Aqui não vem ao assunto
Só não pode comer muito
Pra não causar entupimento

É branca a de mandioca
A de milho amarelinha
A branca chamada “de roça”
Serve bem numa galinha
De tanto comer farinha
Cuidado pra num entalar
De Faro fafi fafafá
Farofada fumegante
Forte feito fortificante
Agora fale isso sem engasgar

A de milho se faz cancão
Também se come com mel
Com a de roça um belo pirão
Pro de Balta tiro o chapéu
Bolo, biscoito, pastel
A de milho é indicada
Em todo bicho que nada
A de roça cai muito bem
E ela serve também
Pra pescar em fojo piaba

Farinha de milho com leite
Cuscuz, fubá e angu
Farinha da mandioca
Ralada no Caititu
Enfeita o prato antes nú
Deixa em carne engordurada
A gordura camuflada
Pra acabar é a derradeira
Até pra acender churrasqueira
Num é que serve a danada

Foi escrita em poesia
Já foi tema musical
Manoel Oliveira escrevia
Todo seu potencial
“Farinha com feijão é animal”
Cantou Djavan em toada
Da Cruz diz em forma adequada
Que se fosse americana
O banquete de bacana
Era mesmo farinhada

A cocaína é a farinha
Que não quero e nunca quis
É diferente da minha
Deixa a gente infeliz
Se cheira com o nariz
Ou aplica com injeção
Com ela não come feijão
E a pessoa fica louca
Farinha boa come com a boca
A que cheira não vale um tostão.


Poeta Jéfferson Desouza



Fonte: no meu Pajeú

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