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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Música: Baterista Wilson das Neves dá maior visibilidade ao lado compositor no CD 'Se me chamar, ô sorte'

Wilson das Neves não gosta das músicas de trabalho; para ele, todas são 'filhas do mesmo pai' (Daryan Dornelles/Divulgação)

Álbum foi produzido pelo selo do MP, B Discos após campanha de crowdfunding


“É o disco independente mais dependente do mundo”, constata, divertindo-se, o sambista Wilson das Neves, de 76 anos, a respeito de 'Se me chamar, ô sorte', que ele está lançando pelo selo MP, B Discos, depois da campanha crowdfunding, em que o interessado adquire o produto antes mesmo de sua existência. Quarto trabalho solo do cantor, compositor e baterista que ganhou notoriedade desde que passou a tocar com Chico Buarque, há mais de 30 anos, o CD traz a elegância característica de Das Neves no quesito interpretação, acompanhado, na faixa 'Ao nosso amor maior', parceria com Luiz Carlos da Vila, da não menos elegante Áurea Martins.

“Eu já era músico quando Áurea apareceu no programa 'A grande chance', de Flávio Cavalcanti, em que eu tocava na orquestra do maestro Cipó. Gravei inclusive o primeiro disco dela, uma das melhores cantoras do mundo”, afirma Wilson, que gravou 'Ao nosso amor maior' depois de a composição ter sido registrada pelo parceiro Luiz Carlos da Vila, já falecido, e pela mineira Ângela Evans, de cuja gravação ele participou.

Distante da denominada faixa de trabalho que as gravadoras costumam impor aos artistas, Wilson das Neves diz que faz discos para que todas as faixas cheguem ao público. “São todas filhas do mesmo pai. Têm de tocar”, defende o sambista, consciente de que o 'Samba para João', que o parceiro Chico Buarque letrou em homenagem ao bisneto, tem potencial suficiente para ganhar mundo. “Venho compondo desde 1970”, diz ele ao justificar o crescente aparecimento do compositor, em detrimento do baterista famoso.



“Sempre que surge a oportunidade de mostrar o trabalho do compositor a gente tem de aproveitar, já que o do músico já mostrei”, justifica o cantor, compositor e baterista. Sem demonstrar preferência pelo ato de compor, cantar ou tocar, Das Neves lembra ter passado pelo menos a metade da vida em estúdio.

Além de estrear parceria com o mineiro Toninho Gerais ('O dono da razão') e Toninho Nascimento ('Limites'), Wilson volta a exercitar a reconhecida musicalidade ao lado de poetas como Paulo César Pinheiro, com quem divide a maioria das faixas do novo CD: 'Cara de queixa', 'Trato', 'Jeito errado', 'Peão de obra', 'Máscara de cera e Licor', 'sereno e mágoas'.

E mais: o compositor tem parcerias também com Claudio Jorge (a faixa título do disco), Nelson Sargento ('Fragmentos do amor'), Vitor Bezerra ('Feito siameses') e Délcio Carvalho ('Não existe mais saudade'), enquanto os arranjos foram entregues a mestres do formato como o próprio Cláudio Jorge, Zé Luiz Maia, João Rebouças, Vittor Santos, Jorge Helder, Bia Paes Leme e Luis Cláudio Ramos.

Depois do lançamento no Sesc Copacabana, com direito à presença ilustre do parceiro Chico Buarque, Wilson se prepara para fazer show do clássico instrumental 'Som quente é das neves', no em 19 de maio, no Sesc Belenzinho. A turnê nacional do novo disco, produzido por ele em parceria com Paulo César Pinheiro e Berna Ceppas, já está sendo agilizada pela produção do artista.

Nascido para o samba


Autor de divertidas frases de efeito, o cantor, compositor e baterista comenta o atraso no lançamento do documentário 'O samba é meu dom', sobre a sua trajetória, produzido em Belo Horizonte pelo diretor Cristiano Abud: “A gente acaba correndo o risco de transformá-lo em 'E o vento levou... Wilson das Neves'”, afirma, sorridente.

“Com mais de 30 horas gravadas, o desafio agora é selecionar o material que vai compor o longa”, explica o diretor, sem ocultar as dificuldades de fazer um filme sobre um artista carioca em Minas.

“Não estamos na Lei Estadual de Incentivo à Cultura, nem no programa Filme em Minas”, lamenta, comentando restrições impostas pela regionalização do mercado. Segundo Abud, até o momento ele e o parceiro Alexandre Segundo já investiram R$ 90 mil no documentário, cujo orçamento integral é de R$ 800 mil, aprovado pela Agência Nacional de Cinema (Ancine). “Estamos em fase de finalização do filme”, garante Abud, que acompanhou a vida de Wilson das Neves ao longo de mais de quatro anos, pegando inclusive parte importante da carreira solo do artista.

Além da gravação e lançamento do disco anterior, 'O samba é meu dom' registra os bastidores da mais recente turnê de Chico Buarque, com direito a entrevista do parceiro maior do sambista, além da participação de Wilson no desfile deste ano da Império Serrano, escola de coração dele, na Sapucaí. “Estamos fazendo tudo sem leis e sem patrocínio”, afirma o diretor, justificando o atraso.

Ailton Magioli - EM Cultura

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