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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 20 de abril de 2013

Poesia: Lima Júnior, poeta declamador e escritor


Jacinto Antônio de Lima Júnior (Lima Júnior), poeta declamador e escritor, filho de  Jacinto Antônio de Lima e Maria José dos Santos Lima, de quem herdou a tendência poética sendo o nono filho numa família de dez irmãos. Nasceu no dia 29 de de dezembro de 1970,  na cidade de São José do Egito – PE, denominada “Berço imortal da poesia”, no sertão do Pajeú.
Ainda criança seguiu com os pais e irmãos para o estado da Bahia residindo em Juazeiro e Sobradinho, vindo a passar maior parte de sua infância em Jatobá-PE. Desde 1994 reside em Tuparetama-PE., onde fixou morada, cidade que lhe serviu de cenário para parte de sua vida e desenvolvimento dos seus trabalhos poéticos, nos quais expressa todo o seu amor pela cidade e pelo seu povo. Como um simples sertanejo, sem anéis ou diplomas, usa dos artifícios da alma para sentir e externar seus sentimentos e concepções.
(Texto extraído do seu Livro: “Uma cara de poesia & Uma coroa de sonetos”)


Despedida

De repente, o chão  não mais havia,
Nem a alma vestia o corpo atento.
O amargo na boca traduzia
O sabor da angústia do momento.

E o medo, invadia o pensamento,
E a dúvida das horas, consumia
O que belo esculpiu-se na magia
De um eterno instante sentimento.

Eu, rendido a incerteza de um depois.
Á Deus, não mais roguei pra nós dois
Outra vez, desfrutássemos do amor.

Mais roguei pra não vê-la ingerindo
Uma gota, da dor que estou sentindo,
Pra não vê-la morrer com tanta dor.



O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras


Meu pecado maior foi ter-te feito
Soberana das minhas alegrias
Nas noitadas de sonhos e orgias
Pratiquei o meu crime no teu leito
Ingerindo o fel do preconceito
Fui à corte infernal das desventuras
Como um réu condenado a mil torturas
Sem promessas de ser absolvido
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Solidão desprezível, agoureira
Companheira fiel dos condenados
És a sombra dos fracos desprezados
Um fantasma rondando a cumeeira
Me perdi no percurso da ladeira
Do amor que abala as estruturas
E no campo minado das loucuras
Suicida me faço entorpecido
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Quando a noite desaba sobre o dia
Eu me deito na relva indefeso
O lençol que me cobre é o desprezo
E o pão que mastigo é a agonia
Não me resta um vestígio de alegria
Mas me sobra a essência das agruras
E a seiva cruel das aventuras
Me remete ao chão desfalecido
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras



Paisagem real que Deus pincela

Uma nuvem vazando sobre o monte
Como o pranto de um anjo sobre a terra
A natura vestiu de verde a serra
Pra beber na cascata do horizonte
Vem
a lua banhar-se lá na fonte
E a brisa sentindo inveja dela
Sopra forte apagando a imagem bela
Quando a noite adormece delirando
E o dia desperta bocejando
Na paisagem real que Deus pincela

Quando o vento assovia lá na praia
Açoitando as madeixas de um coqueiro
Da garganta do mar exala o cheiro
Onde o chão se desdobra e o mar desmaia
Uma onda nas pedras rasga a saia
Quando o sol ensang
uenta o firmamento
O castelo do céu na cor do vento
Se transforma em divina aquarela
Onde Deus se debruça na janela
Celebrando a magia do momento


Cantigas e Cantos
Blog Poeta Lima Júnior

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