O artista apresenta, de quinta a sábado,
na Caixa Cultural, releituras de sucessos e inéditas no formato piano e voz
É até curioso pensar as baladas e levadas suingadas de composições de Zeca Baleiro cantadas ao piano. Somente. Sem empunhar guitarra, sentado em um banquinho, em seu novo show, Zeca entoa releituras de seus sucessos e algumas canções inéditas acompanhado do pianista Adriano Magoo.
Zeca Baleiro: novo show acompanhado do pianista Adriano Magoo FOTO: GAL OPPIDO
O show "Piano e Voz" é apresentado de amanhã, dia 25, a sábado, em Fortaleza, no teatro da Caixa Cultural. Os ingressos para o show custam R$20 / R$10 (meia) e começam a ser vendidos hoje, a partir das 10 horas, na bilheteria do teatro.
A proposta ousada e bem diferente do cantor e compositor maranhense vem agradando o público. O novo espetáculo está em turnê pelo País e já passou, por Brasília, São Paulo, Porto Alegre e Novo Hamburgo e segue para o Rio de Janeiro, mês que vem. No repertório, estão composições de Zeca como "Babylon", "Cigarro", músicas de seu último disco de estúdio "O Disco do Ano" (2012), como "Nada Além", parceria com Frejat, "Calma Aí, Coração", com Hyldon, e "Zás".
Arranjos
Zeca Baleiro explica que foram escolhidas 20 músicas para o repertório que se revezam a cada apresentação. "O repertório é modular, vou mudando de acordo com o humor. Preparei umas 20 músicas, mas não tocamos todas sempre. E, claro, deixamos um espaço pro inesperado", diz.
No setlist, há ainda, por exemplo, uma homenagem do mineiro Sérgio Sampaio à Raul Seixas, "Não Adianta", gravada por Zeca no disco ao vivo "Baladas do Asfalta & Outros Blues". Ou a parceria com o cearense Raimundo Fagner, "Uma Canção no Rádio".
O trabalho de reelaboração das canções, rearranjadas para o piano, em parte não exigiu muito do intérprete. |Músicas como "Quase nada" são cantadas bem aos moldes do original. Já para levadas como "Telegrama" ou "Babylon" é preciso um bom exercício de recriação para deixá-las confortáveis ao piano.
Neste mesmo espetáculo, mês passado, em Brasília, Zeca homenageou Chorão, vocalista recém-falecido da banda Charlie Brown Jr, com uma versão de "Zóio de Lula" ("Meu escritório é na praia /estou sempre na área / mas eu não sou da sua laia, não"). Daí, se imagina as possibilidades dos arranjos de "Piano e Voz".
A escolha do set-list, confessa, não seguiu uma linha conceitual, estando mais vinculada a vontade de tocar as canções. "Não faço pesquisa. Recorro à memória ou, eventualmente, à internet. Nesse show, uso bastante esse recurso, toco canções que sempre gostei de tocar, mas nunca havia tocado em público", diz, adiantando que foram preparadas surpresas ao público no repertório.
A ideia, segundo adianta Zeca Baleiro, é gravar um disco a partir da proposta do espetáculo. "Mas não agora", pondera. Ele reforça que é um show experimental e diz não estar criando expectativa sobre como será a recepção do público e em torno da perspectiva de transformá-lo em um disco. "(Não tenho) expectativa nenhuma, só de fazer um belo show. Tenho vários projetos na agulha, o que calhar primeiro está bom", minimiza.
Projetos
Entre os trabalhos que Baleiro desenvolve paralelamente, está a participação em um show-tributo a Raul Seixas que ele apresenta nos Centro Culturais Banco do Brasil (CCBB) de Brasília e São Paulo.
A homenagem traz Zeca Baleiro interpretando clássicos do maluco beleza como "Ouro de Tolo", "Trem das 7" e "Mosca na Sopa", além de sua "Toca Raul", brincadeira de Baleiro com fãs que pedem músicas de Raul em seus shows, gravada no disco "Coração do Homem Bomba Vol. 1". Adriano Magoo também o acompanha no tributo, que tem discotecagem da filha do roqueiro baiano, Vivi Seixas.
Atualmente, toda a discografia de Zeca Baleiro está disponível para audição via streamming na internet, disponibilizando ainda algumas músicas e vídeos para download. O compositor já soma 12 discos lançados, sendo oito deles de composições inéditas, além de seis DVDs. "O Disco do Ano", último da discografia, foi lançado em abril do ano passado. Maranhense de São Luís do Maranhão, Zeca Baleiro iniciou sua carreira cerca de 12 anos antes de larçar seu primeiro disco, "Por Onde Andará Stephen Fry?", de 1997. Radicado em São Paulo, o compositor chegou a dividir apartamento como paraibano Chico César, com quem tem parcerias. Seu primeiro sucesso, "A Flor da Pele" foi gravado por Gal Costa no Acústico MTV. Ele soma cinco discos de ouro - entre eles, o álbum de estreia, seu segundo disco, "Vô Imbolá (1999), "Líricas" (2000), "Perfil" (2002) e "Raimundo Fagner e Zeca Baleiro" (2004) - e quatro indicações para o Grammy Latino.
Além de seus discos, o maranhense assina ainda trilhas sonoras originais para cinema e dança, o livro "Bala na Agulha - Reflexões de Boteco, Pastéis de Memória e Outras Frituras", o musical infantil "Quem tem Medo de Curupira?" e a produção de discos de outros artistas.
Mais informações:
Show "Piano e Voz", de Zeca Baleiro. De quinta a sábado no teatro Caixa Cultural Fortaleza (Av. Pessoa Anta, 287 - Praia de Iracema) . Ingresso: R$20 / R$10 (meia). Contato: (85) 3453-2770
FÁBIO MARQUES
REPÓRTER
É até curioso pensar as baladas e levadas suingadas de composições de Zeca Baleiro cantadas ao piano. Somente. Sem empunhar guitarra, sentado em um banquinho, em seu novo show, Zeca entoa releituras de seus sucessos e algumas canções inéditas acompanhado do pianista Adriano Magoo.
Zeca Baleiro: novo show acompanhado do pianista Adriano Magoo FOTO: GAL OPPIDO
O show "Piano e Voz" é apresentado de amanhã, dia 25, a sábado, em Fortaleza, no teatro da Caixa Cultural. Os ingressos para o show custam R$20 / R$10 (meia) e começam a ser vendidos hoje, a partir das 10 horas, na bilheteria do teatro.
A proposta ousada e bem diferente do cantor e compositor maranhense vem agradando o público. O novo espetáculo está em turnê pelo País e já passou, por Brasília, São Paulo, Porto Alegre e Novo Hamburgo e segue para o Rio de Janeiro, mês que vem. No repertório, estão composições de Zeca como "Babylon", "Cigarro", músicas de seu último disco de estúdio "O Disco do Ano" (2012), como "Nada Além", parceria com Frejat, "Calma Aí, Coração", com Hyldon, e "Zás".
Arranjos
Zeca Baleiro explica que foram escolhidas 20 músicas para o repertório que se revezam a cada apresentação. "O repertório é modular, vou mudando de acordo com o humor. Preparei umas 20 músicas, mas não tocamos todas sempre. E, claro, deixamos um espaço pro inesperado", diz.
No setlist, há ainda, por exemplo, uma homenagem do mineiro Sérgio Sampaio à Raul Seixas, "Não Adianta", gravada por Zeca no disco ao vivo "Baladas do Asfalta & Outros Blues". Ou a parceria com o cearense Raimundo Fagner, "Uma Canção no Rádio".
O trabalho de reelaboração das canções, rearranjadas para o piano, em parte não exigiu muito do intérprete. |Músicas como "Quase nada" são cantadas bem aos moldes do original. Já para levadas como "Telegrama" ou "Babylon" é preciso um bom exercício de recriação para deixá-las confortáveis ao piano.
Neste mesmo espetáculo, mês passado, em Brasília, Zeca homenageou Chorão, vocalista recém-falecido da banda Charlie Brown Jr, com uma versão de "Zóio de Lula" ("Meu escritório é na praia /estou sempre na área / mas eu não sou da sua laia, não"). Daí, se imagina as possibilidades dos arranjos de "Piano e Voz".
A escolha do set-list, confessa, não seguiu uma linha conceitual, estando mais vinculada a vontade de tocar as canções. "Não faço pesquisa. Recorro à memória ou, eventualmente, à internet. Nesse show, uso bastante esse recurso, toco canções que sempre gostei de tocar, mas nunca havia tocado em público", diz, adiantando que foram preparadas surpresas ao público no repertório.
A ideia, segundo adianta Zeca Baleiro, é gravar um disco a partir da proposta do espetáculo. "Mas não agora", pondera. Ele reforça que é um show experimental e diz não estar criando expectativa sobre como será a recepção do público e em torno da perspectiva de transformá-lo em um disco. "(Não tenho) expectativa nenhuma, só de fazer um belo show. Tenho vários projetos na agulha, o que calhar primeiro está bom", minimiza.
Projetos
Entre os trabalhos que Baleiro desenvolve paralelamente, está a participação em um show-tributo a Raul Seixas que ele apresenta nos Centro Culturais Banco do Brasil (CCBB) de Brasília e São Paulo.
A homenagem traz Zeca Baleiro interpretando clássicos do maluco beleza como "Ouro de Tolo", "Trem das 7" e "Mosca na Sopa", além de sua "Toca Raul", brincadeira de Baleiro com fãs que pedem músicas de Raul em seus shows, gravada no disco "Coração do Homem Bomba Vol. 1". Adriano Magoo também o acompanha no tributo, que tem discotecagem da filha do roqueiro baiano, Vivi Seixas.
Atualmente, toda a discografia de Zeca Baleiro está disponível para audição via streamming na internet, disponibilizando ainda algumas músicas e vídeos para download. O compositor já soma 12 discos lançados, sendo oito deles de composições inéditas, além de seis DVDs. "O Disco do Ano", último da discografia, foi lançado em abril do ano passado. Maranhense de São Luís do Maranhão, Zeca Baleiro iniciou sua carreira cerca de 12 anos antes de larçar seu primeiro disco, "Por Onde Andará Stephen Fry?", de 1997. Radicado em São Paulo, o compositor chegou a dividir apartamento como paraibano Chico César, com quem tem parcerias. Seu primeiro sucesso, "A Flor da Pele" foi gravado por Gal Costa no Acústico MTV. Ele soma cinco discos de ouro - entre eles, o álbum de estreia, seu segundo disco, "Vô Imbolá (1999), "Líricas" (2000), "Perfil" (2002) e "Raimundo Fagner e Zeca Baleiro" (2004) - e quatro indicações para o Grammy Latino.
Além de seus discos, o maranhense assina ainda trilhas sonoras originais para cinema e dança, o livro "Bala na Agulha - Reflexões de Boteco, Pastéis de Memória e Outras Frituras", o musical infantil "Quem tem Medo de Curupira?" e a produção de discos de outros artistas.
Mais informações:
Show "Piano e Voz", de Zeca Baleiro. De quinta a sábado no teatro Caixa Cultural Fortaleza (Av. Pessoa Anta, 287 - Praia de Iracema) . Ingresso: R$20 / R$10 (meia). Contato: (85) 3453-2770
FÁBIO MARQUES
REPÓRTER
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